A pouco mais de 30 dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o candidato à reeleição, Donald Trump, mira nos eleitores indecisos. De acordo com as pesquisas, o democrata Joe Biden lidera por alguns pontos percentuais, o que significa que a conquista daqueles que ainda não sabem em quem votar pode fazer toda a diferença.
Segundo o portal Five Thirty Eight, que agrega dezenas de pesquisas eleitorais, a diferença entre Biden e Trump é de 7,1 pontos em favor do democrata (50,2% a 43,2%). Em 29 de agosto, Biden liderava com 8,6 pontos de vantagem, uma diferença parecida com a registrada nos meses anteriores: julho (8,3 pontos), junho (9,1), maio (5,6), abril (6), março (6,4).
Patrick Murray, diretor do centro de pesquisas da Monmouth University, estima que 81% dos eleitores já tenham escolhido seu candidato. Em 2016, na mesma época, o número era de 66%.
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Conquistar os votos dos indecisos era um dos objetivos de Trump e Biden no primeiro debate eleitoral de 2020, ocorrido na terça-feira (29). O que se viu, porém, foi uma verdadeira confusão, com interrupções e ataques, em que os candidatos mal conseguiram falar de suas propostas. O republicano e o democrata vão se encontrar novamente em mais duas ocasiões até as eleições, marcadas para 3 de novembro: em 15 de outubro e no dia 22 do mesmo mês.
Perfil dos eleitores
De acordo com pesquisa do Washington Post e da ABC News, Trump lidera entre os homens, com uma vantagem de 13 pontos porcentuais (55% a 42%) - números parecidos com aqueles obtidos pelo presidente em 2016, quando derrotou a democrata Hillary Clinton.
Entre as mulheres, porém, Biden abriu uma vantagem de 31 pontos porcentuais (65% a 34%) - na eleição passada, Hillary teve o voto feminino, mas a diferença foi bem menor (54% a 39%).
A pesquisa Washington Post-ABC News também mostra um interesse pouco comum do eleitor americano: seis em cada 10 entrevistados afirmaram estar acompanhando "bem de perto" a campanha, o índice mais alto desde a disputa entre George W. Bush e Al Gore, em 2000.
Votos necessários
Para vencer, o candidato deve obter pelo menos 270 votos no Colégio Eleitoral, já que as eleições nos EUA são indiretas. As exceções são os estados do Nebraska e Maine, que lançam mão de um sistema proporcional dividido por distritos eleitorais.
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Por isso, é possível que um candidato vença a eleição mesmo sem obter a maioria dos votos populares. Na história recente, foi o que aconteceu com Trump, nas eleições de 2016, contra Hillary, e com George W. Bush, em 2000, contra Al Gore.
É importante para Trump vencer em alguns estados-chave, onde a disputa é mais apertada. Segundo o portal Five Thirty Eight, Biden lidera na Flórida (vantagem de 1,8 ponto percentual), em Ohio (1 ponto percentual), Carolina do Norte (1 ponto percentual) e Pensilvânia (5,4 pontos percentuais). São nessas localidades que Trump deve mirar agora.
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