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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta quinta-feira (21) que vai indicar Pam Bondi, ex-procuradora-geral da Flórida, para o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês).
O anúncio ocorre no mesmo dia em que o ex-deputado republicano Matt Gaetz, que havia sido indicado por Trump na semana passada, anunciou que desistiu de tentar ser confirmado pelo Congresso americano para o cargo.
“Pam foi promotora por quase 20 anos, quando foi muito dura com criminosos violentos e tornou as ruas seguras para as famílias da Flórida”, escreveu Trump na rede Truth Social.
“Então, como a primeira mulher procuradora-geral da Flórida, ela trabalhou para impedir o tráfico de drogas mortais e reduzir a tragédia das mortes por overdose de fentanil, que destruíram muitas famílias em nosso país. Ela fez um trabalho tão incrível que a convidei para servir em nossa Comissão de Abuso de Opioides e Drogas durante meu primeiro mandato — salvamos muitas vidas!”, afirmou o presidente eleito.
Bondi foi procuradora-geral da Flórida entre 2011 e 2019, e além das funções no primeiro mandato de Trump descritas pelo presidente eleito, foi uma das advogadas do então presidente no seu primeiro processo de impeachment no Congresso americano, em 2020, por acusações de que teria pressionado o governo da Ucrânia para investigar o democrata Joe Biden. Trump foi inocentado pelo Senado.
Este ano, Bondi liderou o setor jurídico do America First Policy Institute, um think tank conservador alinhado a Trump.
Gaetz tomou a decisão de não buscar a confirmação para o DOJ no Senado porque havia risco dele não ser aprovado para o cargo, devido a uma investigação da Câmara por suspeita de ter mantido relações sexuais com uma menor de idade.
A divulgação de um relatório sobre o caso foi barrada ontem por republicanos do Comitê de Ética da casa, onde Gaetz era deputado até a semana passada e renunciou para assumir o Departamento de Justiça.