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Presidentes Moon Jae-in, da Coreia do Sul, e Donald Trump, dos EUA, se encontraram nesta segunda em Nova York | Shealah Craighead/White House
Presidentes Moon Jae-in, da Coreia do Sul, e Donald Trump, dos EUA, se encontraram nesta segunda em Nova York| Foto: Shealah Craighead/White House

Confrontando os perigos da ameaça nuclear norte-coreana, o presidente americano, Donald Trump, chegou em Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas nesta segunda-feira, com um tom bem menos agressivo do que um ano atrás, e anunciou que provavelmente terá uma segunda cúpula com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, "muito em breve". 

Doze meses depois que Trump esteve no púlpito da Assembleia Geral e se referiu a Kim como "rocket man", os esforços para a desnuclearização da Península Coreana se tornaram um trabalho em andamento, e o medo da guerra deu lugar à esperança de reaproximação. As denúncias belicosas do presidente a Pyongyang foram substituídas, em grande parte, por expectativa. 

"Era um mundo diferente", disse Trump nesta segunda, sobre o apelido que havia dado a Kim. "Aquele foi um momento perigoso. Um ano depois, este é um momento muito diferente." Ele acrescentou que o secretário de Estado, Mike Pompeo, já trabalha nos preparativos para uma segunda reunião com Kim. 

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A reunião deve ocorrer mesmo que funcionários do governo americano argumentem que a Coreia do Norte não tenha seguido seus compromissos de tomar medidas rumo à desnuclearização. 

Mas, segundo o presidente americano,as negociações estão "indo muito bem" e que os dois lados estão fazendo "um tremendo progresso", apesar de ter cancelado abruptamente a visita do secretário de Estado, Mike Pompeo, a Pyongyang no início deste mês

Pompeo defendeu a decisão de Trump de realizar outra cúpula, apesar do lento progresso nas negociações. "Já passamos por isso durante muito tempo e falhamos", disse. 

"Tentamos fazer de maneira detalhada. Tentamos fazer passo a passo. Tentamos fazer por meio do comércio. Cada uma (das tentativas) falhou." Pompeo disse que a reunião dos dois líderes, que são "os indivíduos que de fato tomam as decisões que movem o processo adiante", pode alcançar um grande avanço. 

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Trump vem alternando entre o otimismo e a frustração desde sua histórica cúpula de junho com Kim em Cingapura, onde os dois lados anunciaram planos para trabalhar em direção ao objetivo geral de desnuclearizar a península coreana. Mas esse acordo não tinha detalhes, e o governo Trump ficou impaciente com a falta de envolvimento do regime de Kim. 

As agências de inteligência norte-americanas apontam que a Coréia do Norte, que não testa um míssil balístico desde que concordou com a realização de cúpula, continua trabalhando em segredo em avanços técnicos em seu arsenal nuclear

Mas a situação melhorou desde que Kim se reuniu na semana passada com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que fez sua primeira visita a Pyongyang. Moon disse que Kim prometeu trabalhar para a desnuclearização até 2021, o que marcaria o fim do primeiro mandato de Trump.

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