O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou nesta quarta-feira (11) que mísseis “novos e inteligentes” estão chegando à Síria. A afirmação é uma resposta à suspeita de um novo ataque no país com o uso de armas químicas. Ele também ironizou o farto de autoridades russas terem dito serem capazes de bloquear o armamento norte-americano.
“A Rússia promete abater todos os mísseis que sejam disparados contra a Síria. Prepare-se Rússia, porque eles chegarão lindos, e novos e inteligentes! Vocês não deveriam ser parceiros de um animal assassino com gás que mata seu povo e se diverte”, escreveu Trump em sua conta no Twitter.
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No início desta semana, Trump disse que seu governo estava investigando a origem do suposto ataque com armas químicas deferido contra rebeldes sírios, no último sábado. O país estaria reunindo provas, principalmente em vídeos e fotografias.
A Síria e a Rússia, um dos principais apoiadores de Assad, insistiram que nenhum ataque aconteceu e que somente os grupos de oposição que eles chamam de “terroristas” possuem armas químicas.
Resposta à Rússia
A menção de Trump à Rússia parece ter origem em um comentário do embaixador da Rússia no Líbano, que teria dito a uma agência de notícias libanesa que a Rússia enfrentaria um ataque dos EUA à Síria abatendo mísseis e atacando plataformas de lançamento norte-americanas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu a situação na Síria como “bastante tensa”, mas se recusou a especificar como Moscou responderia a um ataque aéreo norte-americano contra seu aliado Assad. O general-chefe do Estado-Maior general da Rússia, general Valery Gerasimov, disse que os militares reagiriam se os ataques aéreos dos EUA pusessem em risco os militares russos na Síria.
Em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na quarta-feira que está “profundamente alarmada” com os relatos de que armas químicas foram usadas. Pelo menos 43 pessoas morreram no sábado à noite por suspeita de exposição a substâncias tóxicas, enquanto cerca de 500 pacientes foram levados aos hospitais, também em situação crítica.
“Todos nós devemos ficar indignados com esses horríveis relatórios e imagens da Douma [região síria que teria sofrido o ataque com armas químicas]”, disse Peter Salama, diretor-geral da OMS.
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