O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (27) a nomeação do tenente-general reformado Keith Kellogg como enviado especial para Ucrânia e Rússia com a missão de acabar com a guerra.
Kellogg, de 80 anos, que atuou como chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump, esboçou há alguns meses uma proposta para acabar com o conflito que começou com a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
De acordo com o plano de Kellogg, os EUA deveriam condicionar o envio de armas à Ucrânia para forçar o país a negociar o fim da guerra com a Rússia.
Trump destacou em comunicado que Kellogg teve “uma carreira militar e empresarial distinta, inclusive servindo em funções de segurança nacional altamente sensíveis”.
“Ele esteve comigo desde o início! Juntos, alcançaremos a paz por meio da força e tornaremos os EUA e o mundo seguros novamente”, disse.
O cargo de enviado especial para Ucrânia e Rússia não existe no governo do presidente em fim de mandato Joe Biden.
Enquanto Biden liderou o apoio internacional para que a Ucrânia enfrentasse a invasão da Rússia, Trump questionou o envio de armas para Kiev e disse que poderia chegar a um acordo em 24 horas para encerrar o conflito.
Trump não deu detalhes sobre como quer acabar com a guerra, mas Kellogg elaborou um plano que propõe condicionar o fornecimento de armas à Ucrânia à concordância do presidente do país, Volodymyr Zelensky, em negociar com o ditador da Rússia, Vladimir Putin.
O documento, intitulado “America First, Russia and Ukraine Next” (“EUA Primeiro, Rússia e Ucrânia em Seguida”) foi escrito por Kellogg e pelo ex-conselheiro de segurança nacional Fred Fleitz, divulgado em abril pelo think tank America First Policy Institute e entregue a Trump.
Nesse documento, ambos disseram que a guerra está em um “impasse” e argumentaram que “a futura assistência militar dos EUA exigirá que a Ucrânia se envolvesse em negociações de paz com a Rússia”.
A Ucrânia teme que tal plano signifique deixar as fronteiras como estão nas linhas de frente, o que efetivamente significaria a anexação pela Rússia dos territórios ucranianos ocupados pelas forças desse país.
Dólar bate recorde com anúncio da ampliação da faixa de isenção do IR
Mudança no Marco Civil da Internet pode afetar imprensa e economia digital
O que a PF ainda pode fazer na investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado
As linhas de defesa de Bolsonaro nas acusações de golpe; ouça o podcast