Milhares de agentes adicionais da Guarda Nacional foram enviados a Minneapolis, no estado de Minnesota, e tropas do Exército estavam de prontidão diante da perspectiva de mais uma noite de violentos protestos na cidade por causa da morte de George Floyd. Protestos também estavam programados em outras cidades do país.
A decisão do governador de Minnesota, Tim Walz, de convocar todos os agentes da Guarda Nacional do Estado, mais de 13.200, foi tomada em meio ao aumento da violência e depois de os manifestantes desafiarem o toque de recolher na sexta-feira (29) e incendiarem mais construções, entre eles um banco, um restaurante e um posto de gasolina.
O presidente Donald Trump, que ofereceu soldados e agentes de inteligência para pôr fim aos protestos, disse que as autoridades em Minnesota têm de ser mais duras com os manifestantes. Trump tem realizado consultas às lideranças de Segurança, entre elas o secretário de Defesa Mark Esper, desde que a morte de Floyd levou a protestos em diferentes cidades dos EUA.
Nem a prisão e a acusação formal do policial pela morte de Floyd conseguiram conter os ânimos. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o policial Derek Chauvin aparece em um vídeo ajoelhando sobre o pescoço de Floyd durante oito minutos, enquanto Floyd grita: "Não consigo respirar!", até perder a consciência.
Segundo a CNN americana, protestos foram registrados em ao menos 30 cidades. Entre elas, Nova York, Washington, Oakland, Houston, Atlanta, Kansas, Detroit, Las Vegas, Denver, San José e Memphis, Boston, Phoenix, Fort Wayne, Lincoln, Milwaukee e Chicago.
Os atos violentos deixaram duas pessoas mortas entre sexta-feira e a madrugada de sábado - um homem, de 19 anos, em Detroit e um policial em Oakland. Durante confrontos em diversas cidades, manifestantes foram presos e policiais ficaram feridos. Na noite de sexta-feira também foi realizada uma manifestação em frente à Casa Branca, onde estava o presidente. Algumas dezenas de agentes do serviço secreto ergueram barricadas.