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Estados Unidos

Trump: ordem para que todos fiquem em casa pelo país é “muito improvável”

O presidente dos EUA, Donald Trump, considera proibir viagens do Brasil e de outros países para os Estados Unidos (Foto: MANDEL NGAN / AFP)

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, 30, que pode endurecer "um pouco" algumas das diretrizes em vigor no país por causa do coronavírus. Segundo ele, algumas partes do país "estão com bem mais problemas" do que outras, por isso não houve uma ordem de endurecimento geral das normas. Nesse contexto, Trump comentou que uma decisão para que todos fiquem em casa em todo o país é algo "muito improvável".

Em entrevista coletiva na Casa Branca, Trump defendeu o isolamento social como meio para desacelerar a transmissão do vírus nas áreas mais afetadas, citando o caso de Nova York como exemplo. Segundo ele, os próximos 30 dias "serão cruciais" para o combate à doença em solo americano.

"Um tempo desafiador está pela nossa frente, os próximos 30 dias", comentou Trump na Casa Branca. Segundo ele, as diretrizes oficiais de distanciamento social, se seguidas de modo estrito, "podem salvar mais de 1 milhão de vidas". "É importante nos comprometermos agora, para depois retomarmos nossa vida", disse Trump.

O presidente americano informou que os EUA já testaram mais de 1 milhão de pessoas para coronavírus. O secretário de Saúde, Alex Azar, disse que estão sendo processados 100 mil testes ao dia para covid-19 no país. Segundo Azar, o país tem expandido sua capacidade para testagem e tratamento da doença.

Trump também detalhou o trabalho das autoridades e empresas aliadas para reforçar as condições de lutar contra o vírus, com a produção de respiradores, a elaboração de vários testes já disponíveis e também a pesquisa de medicamentos.

O líder americano disse que há 1.100 pessoas em Nova York sendo tratadas em um teste com cloroquina e hidroxicloroquina, medicamentos apontados como potencialmente benéficos para pacientes com coronavírus. O presidente afirmou que os EUA agora têm um grande estoque desses medicamentos para utilizá-lo, se for o caso. Além disso, comemorou o fato de que um hospital de campanha foi construído em Nova York em "três ou quatro dias", com 2.900 leitos, e informou que está sendo acelerado o processo para autorizar que empresas possam esterilizar máscaras já usadas, para que elas possam em segurança voltar a ser usadas.

Questionado sobre o impacto econômico das medidas para conter o coronavírus, Trump admitiu que isso era negativo, mas disse que sua prioridade agora é salvar vidas. Além disso, previu que a economia terá uma retomada mais adiante e voltará a mostrar sua força.

Trump disse ainda que conversou com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, e se comprometeu a enviar uma ajuda equivalente a US$ 100 milhões em equipamentos ao país europeu. "Eles estão precisando muito", comentou sobre o quadro italiano.

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