O multimilionário Donald Trump anunciou ontem que doará US$ 5 milhões de dólares (R$ 10,1 milhões) a uma instituição de caridade escolhida pelo presidente democrata Barack Obama, desde que ele divulgue documentos sobre sua solicitação de passaporte e de ingresso e permanência na universidade.
A oferta de Trump é um reforço às velhas insinuações entre alguns setores da oposição sobre Obama não ter nascido nos Estados Unidos, o que o impossibilitaria de ser presidente do país.
Trump, que ensaia lançar candidaturas em todas as eleições presidenciais americanas, não oculta sua torcida para que o republicano Mitt Romney vença o pleito de novembro. "Obama é o presidente menos transparente da história do país", afirmou Trump em mensagem em vídeo divulgada em seu perfil na rede social Facebook.
"Eu queria muito assinar esse cheque", disse Trump. "Se ele liberar esses documentos, vai acabar com as dúvidas e até mesmo com a raiva que alguns americanos sentem."
Obama já divulgou em abril do ano passado sua certidão de nascimento. Uma ala republicana radical assegurava que o presidente tinha nascido no Quênia, país de origem de seu pai.
Segundo Trump, há americanos que continuam tendo "sérias dúvidas sobre Obama". Eles não acreditam que ele tenha realmente nascido em Honolulu, no estado americano do Havaí, como diz sua certidão.
O prazo que o milionário deu a Obama para que mostre seus documentos acaba no dia 31 de outubro. A eleição será dia 6 de novembro.
Eastwood
Os republicanos se preparam para veicular uma propaganda com o ator Clint Eastwood, de 82 anos, a favor de Romney, em sete estados considerados decisivos. No anúncio, o veterano ator, estrela de dezenas de filmes desde a década de 1960, culpa Obama pela taxa de desemprego e o enorme déficit do governo federal dos EUA. "Um segundo mandato de Obama seria uma cópia do primeiro e nosso país não poderá sobreviver a isso", diz o ator com uma voz sombria.