No último dia antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca e ex-presidente, prometeu aplicar tarifas de até 75% sobre produtos vindos do México caso o país não intensifique seus esforços para conter o fluxo de imigração ilegal e o tráfico de drogas que afetam o território norte-americano.
Trump declarou que o plano de tarifa contra produtos mexicanos seria implementado "imediatamente" após sua posse, caso vença a eleição que será realizada nesta terça-feira (5).
Em discurso realizado nesta segunda-feira (4) durante um comício em Raleigh, na Carolina do Norte, um dos estados-pêndulo, Trump dirigiu-se à nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmando que, se ela não controlar o que chamou de "invasão de criminosos e drogas", os Estados Unidos “imporiam tarifas pesadas sobre as exportações mexicanas”.
“Vou informar a ela no primeiro dia ou antes que, se eles não pararem com isso, aplicarei imediatamente uma tarifa de 25% em tudo o que enviam aos EUA”, declarou Trump.
O ex-presidente acrescentou que, se a taxa inicial de 25% não surtir efeito, ele está preparado para elevar as tarifas a 50% ou até 75%, afirmando ter “100% de certeza” de que a medida funcionaria. O objetivo de Trump é pressionar o México a adotar políticas mais rigorosas para deter o fluxo de imigração e o tráfico de substâncias ilícitas.
Desde que tomou posse como presidente do México, Sheinbaum, tem evitado fazer comentários sobre a eleição dos EUA, afirmando que seu país aguardará o resultado oficial antes de se manifestar. Ela já afirmou que o México tentará manter boas relações com quem vencer a disputa desta terça e que está comprometida com o “diálogo de alto nível” sobre migração, combate ao fentanil, tráfico de armas e relações comerciais com os EUA.
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