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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 7, que pretende enviar ao Congresso americano um pacote de US$ 250 bilhões para a manutenção de empregos no país, em meio à crise trazida pelo novo coronavírus. "Vamos oferecer muito dinheiro para as pequenas empresas do nosso país", afirmou. O presidente americano ponderou, contudo, que ainda é preciso saber se a verba será suficiente.
Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o republicano também disse que o governo vai comprar 110 mil novos respiradores até julho e que empresas estão avançando nos estudos de cura para a covid-19.
Trump afirmou que a estratégia do governo de combate à pandemia está funcionando, e que seu governo estaria trabalhando bem junto a governadores. Ele ainda agradeceu aos bancos do país, citando Goldman Sachs, Wells Fargo, Citigroup, Bank of America e outros, por estarem fazendo com que o crédito liberado pelo Executivo chegue à economia real.
O líder da Casa Branca ainda disse que está tentando ajudar outros países no combate à covid-19 e que está rezando pela recuperação do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, internado após contaminação pelo coronavírus.
"Topo da curva"
Trump afirmou que os Estados Unidos podem "estar chegando ao topo da curva" dos casos de coronavírus. O republicano voltou a dizer que os americanos vivem semanas difíceis por causa da pandemia. "Esta será a semana mais difícil", declarou. Trump disse, também, que a contagem de casos de coronavírus nos EUA é "muito precisa".
O presidente americano se mostrou confiante sobre a recuperação econômica do país e disse que o dólar "está muito forte" e que "as pessoas estão investindo no dólar". O republicano afirmou, ainda, que é a favor de um corte de impostos sobre folhas de pagamento nos EUA.
O número de mortos por coronavírus nos EUA chegou a 12.722, com 1.736 mortes nesta terça-feira, o número mais alto registrado em um dia no país.
Críticas à OMS
Durante a coletiva, o presidente americano sugeriu que poderia rever a quantidade de dinheiro que os Estados Unidos enviam à Organização Mundial da Saúde (OMS). "Vamos colocar em suspensão o dinheiro enviado à OMS", afirmou o republicano.
"Não estou dizendo que vou fazer isso, mas vamos analisar", ponderou Trump, ao ser questionado minutos depois por repórteres se esse é um bom momento para retirar o financiamento à entidade, em meio à pandemia de coronavírus. "A OMS recebe grandes quantidades de dinheiro dos EUA e temos que dar uma olhada nisso", reforçou o republicano.
Trump disse que a OMS é "centrada na China" e "parece estar do lado" do país asiático. O republicado afirmou, também, que a entidade mundial foi contra sua decisão de barrar voos da China e "estava errada".