O presidente dos EUA, Donald Trump, falou nesta quinta-feira (13) sobre uma teoria que questiona a nacionalidade da candidata à vice democrata, Kamala Harris. A hipótese de que a senadora não seria cidadã dos EUA porque seus pais ainda não eram cidadãos americanos naturalizados quando ela nasceu foi levantada pelo advogado John Eastman, em artigo publicado pela Newsweek na quarta-feira (12). Na época, os pais de Kamala, imigrantes da Índia e da Jamaica, tinham visto de estudante nos EUA.
O artigo de Eastman foi compartilhado nas redes sociais pela assessora da campanha de Trump, Jenna Ellis, que disse que a cidadania de Harris era uma "questão em aberto". Mais tarde, em coletiva de imprensa, Trump comentou o assunto, dando visibilidade para a teoria.
"Eu ouvi hoje que [Harris] não atende aos requisitos" para a cidadania, Trump disse a repórteres na Casa Branca. "E, por falar nisso, o advogado que escreveu aquele artigo é um advogado altamente qualificado e talentoso. Eu não tenho ideia se isso está certo. Eu presumiria que os democratas teriam verificado isso", afirmou o presidente que concorre à reeleição.
O artigo de Eastman refere-se à 14º Emenda da Constituição dos EUA. O advogado questiona se apenas o fato de nascer nos EUA dá direito à cidadania, contudo há décadas a legislação tem sido interpretada de maneira a conferir a nacionalidade americana à maioria dos nascidos nos EUA, independentemente da condição de visto dos pais.
Em 2016, a campanha de Donald Trump promoveu teorias da conspiração de que o ex-presidente Barack Obama teria nascido no Quênia e portanto não seria qualificado para ocupar a presidência do país. Porém, depois que venceu a nomeação republicana, Trump foi obrigado a voltar atrás, admitindo publicamente que Obama nasceu nos Estados Unidos.
Kamala foi anunciada como vice de Joe Biden na chapa democrata que concorrerá à presidência dos Estados Unidos contra Donald Trump e Mike Pence nas eleições de 3 de novembro.
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