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pós-eleições

Trump quer estabelecer parceria com Bolsonaro no comércio e Forças Armadas

Presidente dos EUA, Donald Trump | NICHOLAS KAMM/AFP
Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: NICHOLAS KAMM/AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que vai trabalhar de perto com o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), em temas como o comércio e as Forças Armadas. 

“Tive uma ótima conversa com o recém-eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que venceu a disputa com uma margem substancial. Concordamos que o Brasil e os Estados Unidos trabalharão juntos no comércio, Forças Armadas e tudo mais!”, escreveu Trump em seu perfil no Twitter.

O presidente americano também contou que os dois tiveram uma ótima conversa por telefone.

Na noite de domingo (28), a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, já havia confirmado que o presidente dos Estados Unidos ligou para Bolsonaro (PSL). Segundo ela, os dois demonstraram forte interesse de trabalhar "lado a lado". 

"O presidente Trump ligou para o presidente eleito Bolsonaro nesta noite para parabenizar ele e o povo brasileiro pelas eleições de hoje. Os dois expressaram um forte compromisso de trabalhar lado a lado para melhorar as vidas dos povos dos Estados Unidos e do Brasil e, como líderes regionais, das Américas", afirmou Sanders.

Trump foi um dos presidentes que parabenizou Bolsonaro pela vitória. O brasileiro anunciou a ligação de Trump e, pelo Twitter, manifestou o "desejo de aproximar ainda mais estas duas grandes nações e avançarmos no caminho da liberdade e prosperidade".

Líderes de outros países também encaminharam mensagens de felicitações a Jair Bolsonaro neste domingo – até mesmo o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, tão criticado na campanha do presidente eleito. O regime aproveitou a ocasião para exortar ao novo presidente eleito do Brasil a retomar, como países vizinhos, o caminho das relações diplomáticas de respeito, harmonia, progresso e integração regional pelo bem estar dos nossos povos”.

Da América, também mandaram mensagens a Bolsonaro, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, e os presidentes da Argentina, Maurício Macri, do Peru, Martin Vizcarra, da Colômbia, Iván Duque, do Equador, Lenín Moreno, do Chile, Sebastian Piñera, do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do México, Enrique Peña Nieto.

Cumprimento da Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, divulgou um comunicado no site oficial do governo com o título "parabéns a Jair Bolsonaro por vencer as eleições no Brasil". 

No texto, Putin elogia a "significativa experiência de cooperação bilateral mutuamente benéfica em várias esferas que a Rússia e o Brasil adquiriram como parte de sua colaboração estratégica". 

O líder russo também expressou "confiança na promoção de todo o complexo de laços russo-brasileiros, bem como na cooperação construtiva no âmbito da Organização das Nações Unidas, do G-20, dos BRICS e de outras organizações multilaterais, no interesse do povo russo e brasileiro".

Repercussão na Europa

Líderes da direita nacionalista da Europa desejaram boa sorte ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em publicações em redes sociais nas primeiras horas desta segunda-feira (29), enquanto chefes de Estado e de governo do continente se calaram. 

O ministro do Interior da Itália e vice-premiê, Matteo Salvini (Liga), escreveu: "Também no Brasil, os cidadãos mandaram para casa a esquerda. Bom trabalho ao presidente #Bolsonaro, a amizade entre nossos povos e nossos governos será ainda mais forte". Ele encerrou essa postagem com a hashtag #OBrasilVota17. 

Salvini disse ainda que "depois de anos de conversas improdutivas [entre Roma e Brasília], pedirei que seja extraditado à Itália o terrorista vermelho #Battisti". 

Ele se refere ao ex-ativista Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970, quando era membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Preso em 2007 no Brasil, teve sua extradição autorizada pelo STF, mas barrada pelo ex-presidente Lula. 

A aplicação da medida ainda espera apreciação da 1ª Turma do Supremo. De seu lado, em publicação na internet no último dia 16, Bolsonaro prometera "extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente, em caso de vitória nas eleições" -o que afrontaria o STF. 

Na França, a líder da ultradireita Marine Le Pen escreveu que "os brasileiros acabaram de punir a corrupção generalizada e a criminalidade aterrorizante que prosperaram sob os governos de extrema esquerda". Ela disse ainda que o presidente eleito "deverá recuperar a economia, a segurança e a democracia, muito comprometidas no Brasil". 

O presidente francês, Emmanuel Macron, felicitou Bolsonaro pela vitória e disse esperar que o novo presidente mantenha a cooperação bilateral no âmbito da “diplomacia ambiental”.

“A França e o Brasil mantêm uma parceria estratégica em torno de valores comuns de respeito e de promoção dos princípios democráticos. É no respeito a esses valores que a França deseja levar adiante sua cooperação com o Brasil, para enfrentar os grandes desafios contemporâneos do nosso planeta, tanto no campo da paz e da segurança internacionais quanto no da diplomacia ambiental e dos compromissos com o Acordo de Paris sobre o clima”. Bolsonaro, em setembro, havia mencionado a possibilidade de tirar o Brasil do Acordo de Paris se fosse eleito, mas na reta final recuou.

Antes da alfinetada do presidente francês, o partido de Macron havia deixado uma mensagem muito mais crítica sobre as eleições brasileiras. A conta oficial do “República em Marcha” em uma rede social amanheceu com a seguinte mensagem:

"O Brasil terá agora em seu comando um presidente orgulhosamente homofóbico, cético em relação ao aquecimento global, sexista e racista. Essa tragédia eleitoral nos força a agir. Não temos escolha, não podemos errar. Senão podemos ver o que nos espera. Progressistas de todos os países, uni-vos!". 

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