O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chefe da diplomacia americana, o secretário de Estado Marco Rubio, defenderam nesta quarta-feira (5) o plano anunciado pelo republicano na véspera de “assumir o controle” da Faixa de Gaza e transformar o enclave palestino numa “Riviera do Oriente Médio”.
Na cerimônia de posse da nova procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, o presidente rebateu comentários de aliados europeus e do Oriente Médio, que criticaram a ideia de que os americanos reconstruam Gaza e os palestinos sejam deslocados para países vizinhos.
“Todo mundo adorou [a ideia]”, disse Trump à imprensa no Salão Oval da Casa Branca.
Rubio, que mais cedo já havia se pronunciado sobre o assunto numa publicação no X, voltou a defender a ideia do presidente americano durante uma entrevista coletiva na Guatemala.
O secretário de Estado alegou que a proposta de Trump não é “hostil”. “A única coisa que o presidente Trump fez, muito generosamente, na minha opinião, foi oferecer a disposição dos Estados Unidos de intervir, limpar os escombros, limpar o lugar de toda a destruição que está no chão, limpá-lo de todas essas munições não detonadas”, disse Rubio, segundo informações da CNN.
“Enquanto isso, as pessoas que vivem lá, as pessoas que chamam aquele lugar de lar não poderão viver lá enquanto houver equipes chegando e removendo escombros, enquanto você tem munições sendo removidas etc”, justificou.
Além de governos de outros países, a oposição democrata também criticou a proposta de Trump.
A deputada Rashida Tlaib, filha de imigrantes palestinos, escreveu no X que o presidente está “pedindo abertamente limpeza étnica enquanto está sentado ao lado de um criminoso de guerra genocida” – em referência ao premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, ao lado de quem Trump fez o anúncio na terça-feira (4).
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