O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta sexta-feira (22) a reforma tributária que conseguiu aprovar no Congresso e uma lei que evitará a paralisação do governo até janeiro, quando o Legislativo volta do recesso.
A aprovação das duas medidas pelos parlamentares são as vitórias mais significativas do mandatário nas duas Casas desde sua posse. No próximo mês, no entanto, alguns temas que dividem os republicanos voltarão à pauta.
Ao firmar as novas leis no Salão Oval da Casa Branca, Trump disse que previa fazer a cerimônia de assinatura depois do Ano Novo - em sua defesa à reforma tributária, ele a chamou de "um presente de Natal" para os americanos.
"Queríamos esperar até 7 ou 8 de janeiro para uma cerimônia formal, mas todos os canais de TV se perguntavam se ia cumprir minha promessa e promulgar a lei antes do Natal, de modo que pedi que a preparasse imediatamente."
A mudança fiscal, a maior desde os anos 1980, diminui os tributos para as empresas de 35% para 21%, assim como leva a uma redução temporária dos impostos para todas as pessoas físicas.
Os democratas se opuseram à medida por considerarem que beneficia os mais ricos e por seu impacto no Orçamento, que pode levar o déficit fiscal americano a ficar entre US$ 1,5 trilhão e US$ 20 trilhões nos próximos dez anos.
Na esteira da reforma, parte dos republicanos defende cortes em programas sociais. O presidente da Câmara, Paul Ryan, disse preferir cortes em programas de saúde e sociais, mas o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, descarta as reduções se não houver apoio da oposição democrata.
Orçamento
Depois da assinatura, ele embarcou para seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida, onde passará as férias de fim de ano. O fato de ele ter conseguido os dois projetos deram mais tranquilidade para Trump sair para seu recesso.
Se não houvesse a permissão para manter os gastos do governo até 19 de janeiro, as atividades da administração dos EUA seriam paralisadas às zero horas deste sábado (23). A iniciativa foi aprovada no Senado e na Câmara na quinta (22).
A ameaça de fechamento do governo se deveu às disputas no Congresso em torno do Orçamento. Por um lado, a ala dos republicanos próxima dos militares defendia um aumento de gastos de Defesa, como prometido por Trump.
Já a oposição democrata tentou incluir, sem sucesso, na votação a definição em relação à situação dos imigrantes que entraram ilegalmente ao país quando crianças, os "dreamers", cuja proteção foi revogada em setembro.
Para obter a aprovação, os parlamentares também deixaram para janeiro projetos como a ampliação do orçamento de gestão de desastres para beneficiar regiões afetadas pelos furacões de setembro e os incêndios na Califórnia.
Antes da votação, Trump acusou os adversários de quererem obstruir a medida. "Os democratas da Câmara querem uma PARALISAÇÃO DO GOVERNO nas festas a fim de distrair o muito popular e já aprovado corte de impostos”, tuitou.
House Democrats want a SHUTDOWN for the holidays in order to distract from the very popular, just passed, Tax Cuts. House Republicans, donât let this happen. Pass the C.R. TODAY and keep our Government OPEN!
â Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 21, 2017
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