O ex-presidente dos EUA Donald Trump.| Foto: Gastón De Cárdenas/EFE
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021), irá comparecer na quinta-feira (3) diante da juíza Moxila Upadhyaya, do tribunal federal do Distrito de Columbia, onde enfrentará as novas acusações relacionadas à sua suposta tentativa de reverter o resultado das eleições de 2020, na qual perdeu a disputa contra o atual presidente dos EUA, Joe Biden, do Partido Democrata.

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Trump foi indiciado nesta terça-feira (1º) por “conspiração para fraudar os EUA”; “conspiração para obstruir um procedimento oficial”; “obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial” e “conspiração contra direitos”.

O promotor especial Jack Smith, responsável pelo caso, expressou sua intenção de buscar um "julgamento rápido" para o ex-presidente. Em um pronunciamento à imprensa, Smith enfatizou a importância de levar as provas perante um júri popular para serem devidamente testadas e julgadas. No entanto, ele destacou que, de acordo com o princípio legal, “Trump deve ser considerado inocente até que se prove sua culpa em um tribunal”.

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Ainda nesta terça, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, defendeu a investigação de Smith, que tem enfrentado reiteradas críticas de Trump e apoiadores. Segundo ele, Smith e sua equipe "foram atrás dos fatos e da lei até onde eles os levaram".

As acusações contra Trump derivam de sua alegada participação em uma tentativa de reverter o resultado das eleições de 2020, que teriam culminado no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Smith descreveu o ataque como algo “sem precedentes à sede da democracia americana" e ressaltou que a investigação sobre outros indivíduos envolvidos no incidente está em andamento.

Trump também enfrenta outra investigação conduzida por Smith: a que está relacionada ao suposto ato de retirar documentos confidenciais da Casa Branca e mantê-los em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida. Nesse caso, Trump foi acusado de 40 crimes.

Apesar de ter que se apresentar perante a juíza Moxila Upadhyaya, Trump não será julgado por ela, mas sim pela juíza Tanya S. Chutkan, que já possui um histórico de envolvimento em casos ligados ao ataque contra o Capitólio.

Chutkan, cujas sentenças muitas vezes superaram as solicitações da acusação, é reconhecida por sua posição de que se deve "haver consequências significativas" para aqueles envolvidos nas “tentativas violentas de derrubar um governo”.

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A audiência de Trump está marcada para as 16h (horário local, 17h de Brasília), e a expectativa é que seu comparecimento diante da justiça esclareça o andamento do processo e os próximos passos a serem seguidos. (Com Agência EFE)

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