Fronteira EUA-México em Playas de Tijuana, estado de Baja California, México| Foto: Guillermo Arias/AFP

O New York Times revelou nesta terça-feira (1º) detalhes de uma reunião entre Donald Trump e seus assessores na Casa Branca, em março, na qual o presidente sugere uma forma inusitada de conter o fluxo de imigrantes: atirar nas pernas de quem tenta entra ilegalmente nos EUA. Segundo o relato de várias fontes que participaram da reunião, Trump tinha certeza de que o plano resolveria o problema na fronteira com o México.

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Participaram da reunião o secretário de Estado, Mike Pompeo, a então secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, além do genro Jared Kushner e do assessor para temas de imigração Stephen Miller.

Outra proposta arquitetada pelo presidente era construir um fosso de água na fronteira e colocar crocodilos e cobras para afugentar os imigrantes. Segundo assessores relataram ao New York Times, um orçamento chegou a ser feito para ver quanto o projeto custaria. Eles disseram ainda que Trump queria uma cerca eletrificada com setas no alto que fossem capazes de furar as mãos de quem tentasse escalar a barreira.

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Bastante irritado, Trump teria reclamado de seu gabinete. "Vocês estão me fazendo parecer um idiota. Eu disputei a eleição com essa promessa", dizia o presidente. "O problema com as leis que existem hoje é que a gente pode ter 100 mil soldados mobilizados na fronteira e eles não podem fazer absolutamente nada".

A reunião na Casa Branca terminou com os assessores de Trump convencendo o presidente americano a dar mais uma semana de prazo antes de determinar o fechamento da fronteira - mais tarde quando o número de imigrantes diminuiu, a ideia de fechar os postos de fronteira também foi abandonada.