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Judicialização das eleições

Trump vai à Suprema Corte para suspender apuração na Pensilvânia

A Suprema Corte dos Estados Unidos, em Washington, D.C. (Foto: AFP)

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Nesta sexta-feira (6), o Partido Republicano da Pensilvânia foi à Suprema Corte dos Estados Unidos, mais alto tribunal do país, pedir para que as cédulas que chegaram por correio no estado depois do dia 3 de novembro, data da eleição, sejam separadas e que a contagem desses votos seja suspensa.

Trata-se de um estado decisivo no pleito deste ano que, junto de Illinois, fornece o quarto meio número de delegados ao Colégio Eleitoral: 20. A Justiça estadual havia autorizado o recebimento de cédulas enviadas por correspondência até as 17h (horário local) desta sexta-feira, desde que os envelopes tivessem sido postados até o dia 3.

Trump venceu na Pensilvânia em 2016 e projeções iniciais indicavam vitória do republicano na localidade novamente no pleito deste ano. Conforme a apuração avançou para os centros urbanos, mais progressistas do que o interior, porém, o candidato democrata, Joe Biden, foi diminuindo a diferença para o atual presidente. Na madrugada desta sexta-feira (6), o vice-presidente da gestão Obama virou no estado e deve vencer por lá. 98% dos votos foram apurados na Pensilvânia até o momento.

A Suprema Corte é a última cartada de Trump para judicializar as eleições de 2020 no estado. É importante lembrar que, hoje, o tribunal tem uma composição claramente conservadora de seis juízes contra três. Além disso, três dos atuais magistrados que compõem a Corte foram indicados pelo atual presidente: Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e, mais recentemente, Amy Coney Barrett. Trump, aliás, foi o primeiro presidente desde Richard Nixon, na década de 1970, a indicar três nomes à Suprema Corte em um primeiro – e, no caso de Trump, talvez único – mandato.

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