Com a disputa pela Casa Branca se tornando cada vez mais acirrada, os 20 votos do colégio eleitoral da Pensilvânia - considerada um dos estados-chave para a vitória - ganharam um peso considerável.
Depois de pedir a recontagem dos votos do Wisconsin, onde o democrata Joe Biden venceu, e de levar os resultados de Michigan à justiça, a campanha do presidente Donald Trump disse vai batalhar também pelos votos à distância da Pensilvânia, que só devem ser computados três dias após a eleição. O último dia de votação para presidente dos Estados Unidos foi ontem, 3 de novembro.
Trump vai entrar com um processo na Suprema Corte, pedindo para que ela intervenha no caso pendente que desafia a decisão estadual da Suprema Corte da Pensilvânia que permitiu que os votos fossem contados após o dia da eleição.
A secretária de Estado da Pensilvânia, Kathy Boockvar havia afirmado que a contagem dos votos deve terminar até a próxima sexta-feira, 6 de novembro.
Jay Sekulow, advogado do presidente afirmou, ao justificar o processo, que “dados os resultados da noite passada, a votação na Pensilvânia pode muito bem determinar o próximo presidente dos Estados Unidos”.
“E a Suprema Corte, não a Suprema Corte da Pensilvânia, deveria ter a palavra final sobre as questões legais relevantes e dispositivas”, acrescentou ele.
O vice-gerente de campanha de Trump, Justin Clark, afirmou ainda, mais cedo, em um comunicado que “coisas ruins estão acontecendo na Pensilvânia. Os democratas estão planejando deslegitimar e diluir os votos republicanos. O presidente Trump e sua equipe estão lutando para acabar com isso.”
A campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou vitória no estado nesta quarta-feira, apesar de a contagem de votos não ter encerrado no estado.
"O presidente Donald Trump ganha a Pensilvânia", diz uma postagem no Twitter oficial da campanha. De acordo com o New York Times, com 83% dos votos apurados no estado, Trump lidera com 52,3% e o democrata Joe Biden aparece com 46,4%.
O procurador-geral da Pensilvânia Josh Shapiro, ao ser perguntado sobre o caso, disse em resposta à CNN americana que “há transparência no processo. Há fiscais observando essa contagem e a contagem continuará”.
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