O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (21) que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não é “importante para estar em reuniões” que a Casa Branca iniciou com a Rússia para acabar com a guerra no leste europeu.
Em entrevista à Fox News, Trump disse que está “observando há anos” e que Zelensky está “sem cartas” para negociar.
“Ele não tem cartas. E você fica cansado disso. Você simplesmente fica cansado disso. E eu estou farto”, disse o presidente americano.
“Ele está em reuniões há três anos e nada foi feito. Então, não acho que ele seja muito importante para estar em reuniões, para ser honesto com você”, acrescentou Trump. “Ele torna muito difícil fazer acordos. Mas veja o que aconteceu com seu país, foi demolido.”
Trump argumentou que, ao contrário de Zelensky, o ditador da Rússia, Vladimir Putin, que iniciou a guerra ao invadir o país vizinho em fevereiro de 2022, “quer fazer um acordo”.
“E ele não precisa fazer um acordo, porque se quisesse, ele ficaria com o país inteiro”, afirmou Trump, que acusou seu antecessor, Joe Biden, e Zelensky de não terem feito o suficiente para evitar a guerra.
“Putin poderia ter sido dissuadido tão facilmente, mas eles não sabiam como falar”, criticou.
Os comentários de Trump são mais um capítulo na troca de farpas pública com Zelensky, iniciada esta semana. Zelensky reclamou que os Estados Unidos querem 50% dos recursos naturais da Ucrânia sem dar garantias suficientes de segurança futura ao país europeu.
Também reclamou da decisão de Washington de mandar uma delegação para conversar com representantes russos na Arábia Saudita, na terça-feira (18), sem a presença dos ucranianos.
Depois de Trump ter dito no mesmo dia que a Ucrânia começou a guerra contra a Rússia, Zelensky afirmou que o republicano vive num “espaço de desinformação”.
Trump respondeu chamando Zelensky de “ditador sem eleições” e o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz, afirmou que o governo da Ucrânia precisava “baixar o tom” e aceitar o acordo sobre a cessão de recursos naturais aos americanos.
Após uma reunião em Kiev com o enviado especial dos EUA para a Rússia e a Ucrânia, Keith Kellogg, na quinta-feira (20), Zelensky adotou um tom mais apaziguador e afirmou que “as fortes relações Ucrânia-EUA beneficiam o mundo inteiro”.
Resolução ideológica do CNE prejudica alunos pobres em disciplinas básicas
Frases da Semana: “Se Goebbels tivesse acesso ao X, os nazistas teriam conquistado o mundo”
“Totalitarismo suave”: a teoria que ajuda a explicar atuação do STF
Gilmar Mendes compara Lava Jato ao PCC e chama a operação de “organização criminosa”