A posse no novo presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo de León, está marcada para o dia 14 de janeiro| Foto: EFE/Esteban Biba
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O Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala suspendeu temporariamente o partido Semilla, do presidente eleito Bernardo Arévalo de León, após um pedido da Promotoria-Geral do país, que encontrou irregularidades na formação do grupo partidário.

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Segundo as autoridades do Ministério Público, uma das pessoas arroladas no documento para a abertura do partido disse que teve sua assinatura falsificada. Além disso, a denúncia diz que o nome de outras 12 pessoas falecidas também constava no papel.

Arévalo, filho do ex-presidente guatemalteco Juan José Arévalo Bermejo, foi eleito no dia 20 de agosto depois de derrotar a ex-primeira-dama Sandra Torres Casanova, em um resultado de 59% contra 35% dos votos a favor da adversária.

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De acordo com analistas políticos, essa foi a eleição mais controversa na Guatemala desde o estabelecimento da democracia, em 1986, devido aos altos níveis de judicialização e à intervenção do Ministério Público, chefiado por promotores sancionados por corrupção pelo Departamento de Estado dos EUA.

Golpe antidemocrático?

Os Estados Unidos disseram nessa terça-feira (29) que estão "profundamente preocupados" com as ações daqueles que continuam tentando "minar" a democracia na Guatemala e afirmaram que estão dispostos a trabalhar com o presidente de esquerda eleito.

O governo americano fez a declaração depois que o Tribunal Supremo Eleitoral ratificou a vitória de Arévalo e, ao mesmo tempo, a suspensão de seu partido político, o Movimento Semilla.

"Os Estados Unidos continuam profundamente preocupados com as ações daqueles que buscam minar a democracia na Guatemala. Esses esforços minam a vontade clara do povo guatemalteco", disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, quando questionada em uma entrevista coletiva.

Os EUA, de acordo com ela, estão ao lado de seus parceiros na comunidade internacional e do povo guatemalteco contra os "esforços inaceitáveis" contra a democracia guatemalteca.

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"Estamos ansiosos para trabalhar com o presidente eleito e nos manteremos firmes contra as tentativas de destruição da democracia na Guatemala", acrescentou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no X (ex-Twitter).

A condenação dos EUA se soma à já pronunciada nas últimas horas pela União Europeia (UE), pela Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e por outros governos do mundo. (Com informações da Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]