Um tsunami e uma erupção vulcânica na Indonésia mataram mais de 300 pessoas e há mais de 400 desaparecidos e dezenas de milhares desabrigados, informaram as autoridades na quarta-feira.
Um dos vulcões mais ativos da Indonésia expeliu nuvens de cinza e jatos de gás cáustico numa erupção que matou ao menos 28 pessoas e feriu outras 14.
O Monte Merapi, nas redondezas da cidade de Yogyakarta, na ilha de Java, entrou em erupção pela primeira vez na terça-feira, um dia depois de um tsunami atingir ilhas remotas do oeste da Indonésia. O número total de mortes pelo tsunami era de ao menos 282, disse a autoridade responsável em caso de desastres da província de Sumatra Ocidental, Ade Edward.
O tsunami, deflagrado por um terremoto de 7,5 graus de magnitude ocorrido 78 quilômetros a oeste de Pagai do sul, uma das ilhas Mentawai, devastou vários vilarejos e um resort de surfe. Ao menos 411 pessoas ainda estão desaparecidas, afirmou Edward.
A Agência Nacional para Mitigação de Desastres informou em seu site que 4 mil pessoas foram desalojadas pelo tsunami.
A TV Metro exibiu imagens de vilarejos devastados pela onda, com sobreviventes vasculhando os destroços em busca de pertences.
As autoridades têm se esforçado para combater os danos de ambos os desastres. Mais de 40 mil moradores foram retirados das ladeiras do Monte Merapi, onde muitas casas foram destruídas e as ruínas estão cobertas com cinza branca.
Kresno Heru Nugroho, porta-voz do hospital Sardjito, de Yogyakarta, afirmou que 28 pessoas morreram em decorrência das rajadas letais de ar quente liberadas pelo vulcão na noite de terça-feira. Seu colega, Endita Sri Andrianti, afirmou que algumas pessoas sofreram queimaduras tão graves que nem podiam ser reconhecidas.
Outro funcionário do hospital contou à Reuters que provavelmente entre os mortos está o guardião espiritual da montanha, o idoso Mbah Maridjan, que muitos javaneses acreditavam possuir poderes mágicos. Estão sendo feitos testes para confirmar se um corpo chamuscado encontrado no vulcão era dele.