| Foto: Mauro Campos

Pelo menos 15 pessoas morreram em conseqüência de um maremoto que arrasou vários povoados esta segunda-feira nas Ilhas Salomão, após um terremoto de 7,6 graus na escala Richter no Oceano Pacífico, mas a tsunami não afetou toda a região como se temeu inicialmente.

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"Alguns povoados foram completamente devastados", afirmou Fred Fakari, presidente do Conselho Nacional de Catástrofes do arquipélago em Honiara, a capital das Ilhas Salomão.

Alex Lokopio, primeiro-ministro da Província Ocidental, a mais afetada, disse que pelo menos 15 pessoas morreram, em sua maioria perto de Gizo, capital provincial.

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"Porém, não tenho informações do balanço nas outras ilhas", acrescentou.

"Precisamos com urgência de água, barracas e alimentos, já que entre 3.000 e 4.000 pessoas se instalaram na colina que domina Gizo", disse o premiê, a respeito da cidade que fica a apenas 40 quilômetros do epicentro do terremoto.

Os habitantes temem retornar para suas casas por causa das numerosas réplicas. Muitos edifícios públicos e áreas comerciais de Gizo foram destruídas, assim como residências. Robert Iroga, chefe de redação do jornal Solomon Star de Honiara, afirmou que vários habitantes contaram ter visto "corpos flutuando" ao redor de uma ilha próxima do aeroporto provincial de Gizo, cidade turística conhecidas por suas praias.

"Informações não confirmadas indicam que uma ilha foi completamente coberta pela onda e que há habitantes mortos flutuando na água", disse.

"Não houve qualquer tipo de aviso na região. O aviso foram os tremores", contou Lokopio.

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Sem comunicação

No entanto, as informações continuam sendo apenas parciais, já que as linhas telefônicas e a energia elétrica estão cortadas em Gizo.

Até o momento não há informações sobre as outras ilhas da região vizinhas ao epicentro do tremor, como Bouganville ou Papua-Nova Guiné.

O arquipélago das Ilhas Salomão, situado 2.575 km ao leste da Austrália, tem quase 500.000 habitantes espalhados por uma dezena de ilhas.

Os temores iniciais de um maremoto regional como o que provocou mais de 200. 000 mortes em 26 de dezembro de 2004 no Oceano Índico não se concretizaram.

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O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, situado no Havaí (EUA), suspendeu o alerta que havia emitido para vários países da região, incluindo a Austrália.

"Se não se observarem nenhuma onda importante nas duas horas seguintes à hora estimada, então as autoridades locais podem partir do princípio que a ameaça foi superada", afirma um comunicado do Centro.

As autoridades da Nova Caledônia, território francês de ultramar situado 1. 000 km ao sul das Ilhas Salomão, decidiram evacuar a população das ilhas Loyauté e da costa leste, mas nenhum dano foi registrado na região.

Na Austrália, as praias do litoral oriental foram fechadas durante algumas horas e até mesmo as barcas deixaram de circular por algum tempo na baía de Sydney. A medida de precaução foi cancelada mais tarde, já que o país não registrou ondas importantes.

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