O primeiro-ministro do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, descartou nesta segunda-feira (9) que o acidente que o feriu e que matou sua esposa tenha sido uma sabotagem. A declaração afasta temores de que haveria uma nova onda de tensão dentro do governo.
Além do luto, Tsvangirai sofre intensa pressão para tentar salvar a economia do país sob o novo governo de unidade, em que ele atua ao lado do ex-arquirrival Robert Mugabe, presidente do país.
Após voltar para casa depois de ficar hospitalizado em Botsuana, Tsvangirai disse a simpatizantes que, apesar das especulações, a chance de sabotagem no acidente é de "uma em mil".
"Foi um acidente que infelizmente tirou uma vida. Tenho certeza de que a vida tem de continuar, e que ela (sua esposa) gostaria que a vida continuasse", declarou.
Na sexta-feira, o carro em que o casal viajava se chocou contra um caminhão numa estrada esburacada, despertando suspeitas de muitos zimbabuanos.
O motorista do caminhão compareceu na segunda-feira a um tribunal de Chivhu, 150 quilômetros ao sul de Harare, acompanhado por três policiais à paisana.
Chinoona Mwanda foi libertado sob fiança e terá de voltar a depor no dia 23.
"Ele está bastante abalado, ainda não chegou a termos com a realidade de que houve perda de vida", disse seu advogado, Chris Mhike, a jornalistas.