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Fim do Grupo Wagner?

“Tudo mentira”, diz o Kremlin ao negar envolvimento em queda de avião que matou Prigozhin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou "condolências" às famílias das vítimas do acidente aéreo da última quarta-feira (Foto: EFE/André Coelho)

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O Kremlin rejeitou categoricamente nesta sexta-feira (25) as "especulações" ocidentais sobre o seu suposto envolvimento com a queda do avião que matou o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e outras nove pessoas, segundo informações Agência de Aviação da Rússia.

"É tudo mentira", disse o porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, em sua primeira entrevista coletiva virtual após um intervalo de quase três semanas. De acordo com o funcionário do governo russo, existe atualmente "muita especulação sobre o desastre aéreo e a morte trágica" dos ocupantes do avião, incluindo Prigozhin.

O porta-voz do Kremlin afirmou que no Ocidente essa "especulação" é apresentada de "um determinado ângulo". "Quando se trata desta questão, é preciso se basear em fatos", disse, reconhecendo que, até o momento, "não há muitos fatos" porque está em curso uma investigação.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ontem (24) que "aguarda os resultados da investigação, que será concluída em um futuro não muito distante". Ainda, expressou "sinceras condolências" às famílias das vítimas que estavam no avião.

O chefe do Kremlin quebrou o seu silêncio de 24 horas sobre a queda do avião de Prigozhin e destacou que os exames técnicos e genéticos efetuados por especialistas exigiriam "algum tempo" de análise.

Em sua manifestação, o presidente russo também elogiou a "contribuição significativa do Grupo Wagner na luta contra o nazismo na Ucrânia".

Ao mesmo tempo, descreveu o líder mercenário Prigozhin como "um homem talentoso" e um bom empresário que "cometeu erros graves durante a sua vida, mas alcançou os resultados necessários".

Quanto ao futuro do grupo paramilitar, Peskov disse não ter nenhuma informação sobre o assunto.

Em junho deste ano, Putin acusou Prigozhin de traição quando alguns mercenários do Grupo Wagner se revoltaram e avançaram com tropas a cerca de 200 quilômetros de Moscou. Posteriormente, o líder russo o recebeu no Kremlin e concordou em transferir os seus mercenários para Belarus.

Desde então, especulava-se sobre algumas aparições do líder em eventos dentro da Rússia, como a cúpula Rússia-África, que aconteceu no mês de julho, em Moscou.

Mais recentemente, o chefe do Wagner voltou a aparecer em um vídeo transmitido em canais ligados à organização paramilitar, no dia 21 de agosto. Embora não tenha mencionado a localização, a paisagem era semelhante à savana africana.

Ainda não há confirmação de autoridades sobre o que causou a queda do avião. Uma avaliação preliminar realizada por serviços de inteligência dos Estados Unidos concluiu nessa quinta-feira (24) que o suposto acidente aéreo que matou o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi resultado de uma “explosão deliberada” dentro da aeronave. (Com informações da Agência EFE)

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