Ameaças de desastre param serviços no país
Cerca de 16 milhões de pessoas, entre elas 12 milhões nas Filipinas, se encontram na trajetória do tufão. Hayian também atravessará o Laos e o Vietnã.
A ministra de Bem-estar e Desenvolvimento das Filipinas, Dinky Soliman, assegurou à emissora local ANC que se espera que o tufão, qualificado como "um dos piores da história" pela imprensa local, afete 7,9 milhões de famílias.
Para atenuar a situação, o Ministério habilitou 562 centros de evacuação e 27,5 mil cestas básicas, informou o Conselho Nacional de Gestão e Redução de Desastres na entrevista coletiva.
Fechados
Escolas, escritórios e lojas na região central das Filipinas foram fechados. Hospitais, soldados e equipes de resgate ficaram de prontidão para operações de salvamento.
Vinte navios da Marinha e várias aeronaves militares, incluindo três cargueiros C-130, e helicópteros estão de prontidão.
As autoridades suspenderam os serviços de barcas e de pesca e fecharam 12 aeroportos. Em torno de 450 voos domésticos e oito internacionais foram cancelados.
Folhapress
O tufão mais poderoso do ano, batizado de Haiyan, é possivelmente o mais forte em todos os tempos (de que se tem registro) e castigou ontem as Filipinas. Ele deixou pelo menos três mortos e sete feridos, segundo o porta-voz da agência nacional de desastres, Rey Balido, em coletiva de imprensa numa base militar da capital Manila. Mais de 700 mil pessoas deixaram casas para buscar abrigo da tempestade.
De acordo com o Conselho Nacional de Manutenção e Redução do Risco de Desastres, o alarme disparado pelo governo, levando milhares a buscar abrigo, teria impedido que o número de mortos e feridos fosse muito maior.
"O supertufão provavelmente atingiu a terra com ventos de cerca de 313 km/h. Isso faz do Haiyan o ciclone tropical mais forte já registrado a atingir terra", disse o diretor de meteorologia da norte-americana Weather Underground, Jeff Masters.
Haiyan atingiu o extremo norte da província de Cebu antes de se dirigir para o oeste a caminho da ilha Boracay, ambos destinos turísticos, após varrer as ilhas de Leyte e Samar com rajadas de vento de 275 km/h e ondas de 5 a 6 metros.
O fornecimento de energia e as comunicações nas três grandes províncias insulares de Samar, Leyte e Bohol foram quase totalmente cortados, mas o governo e os provedores de serviços telefônicos prometeram restaurar as ligações dentro de 24 horas.
"A província inteira está sem energia", disse a governadora de Samar, Sharee Tan, à Reuters por telefone. Árvores e postes de transmissão tombaram, e outros detritos bloquearam estradas, disse ela. Ao longo do dia, veículos da mídia (entre eles, a CNN) tiveram dificuldades para se comunicar com repórteres enviados às Filipinas.
O tufão de cerca de 600 quilômetros de diâmetro tocou a terra por volta das 4h30 locais (18h30 de ontem, no horário de Brasília) e deveria deixar o país na noite de ontem. Haiyan segue em direção ao Mar da China Meridional, onde pode ganhar ainda mais força e ameaçar o Vietnã e o próprio território chinês.
Tufão
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