A Cruz Vermelha das Filipinas estima que mais de mil pessoas morreram na cidade de Tacloban e pelo menos 200 foram atingidas na província de Samar, regiões mais abaladas pelo tufão Haiyan, um dos mais fortes que já atingiram o país, na sexta-feira.
A secretária-geral da Cruz Vermelha das Filipinas, Gwendolyn Pang, disse que os números vieram de relatos preliminares de equipes da Cruz Vermelha em Tacloban e Samar, duas das áreas mais atingidas pela tempestade.
"Estima-se que mais de mil corpos foram vistos flutuando em Tacloban como reportado por nossas equipes da Cruz Vermelha", ela disse à agência de notícias Reuters. "Em Samar, foram cerca de 200 mortos. A validação está a caminho".
Partes de Tacloban, que tem uma população de 2 milhões de habitantes, "estão completamente em ruínas", segundo John Andrews, subdiretor-geral da Autoridade de Aviação Civil das Filipinas, depois que o supertufão arrasou a cidade durante a manhã de sexta-feira, quando o ciclone atingiu sua potência máxima, destruindo todos os sistemas de comunicação da cidade.
Além disso, 800 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e buscar refúgio nos centros de evacuação disponibilizados pelo governo.
Reynaldo Balido, porta-voz do Conselho Nacional de Gestão e Redução de Desastres do arquipélago, disse esperar que o número de vítimas aumente nas próximas horas, depois que receber mais relatórios das áreas devastadas.
Prejuízos
Haiyan, batizado como Yolanda pelas autoridades locais, é o tufão mais potente deste ano no mundo e castigou as Filipinas com ventos sustentados de 235 quilômetros por hora e rajadas de até 315.
"Yolanda causou prejuízos muito grandes e quase nenhuma casa ficou de pé nas regiões mais afetadas", declarou Balido.
Antes da chegada deste último tufão às Filipinas, o 24.º do ano, os meteorologistas tinham advertido que ele poderia ser mais devastador que o tufão Bopha, que deixou cerca de mil mortos em 2012.
Após arrasar o centro e o sul das Filipinas, o tufão Haiyan passou pelo Mar do Sul da China no sábado e hoje segue rumo ao Vietnã.