O número de mortes provocadas pelo tufão Talas no Japão chegou a 37 ontem, anunciou a agência de notícias Kyodo. Pelo menos 56 pessoas continuavam desaparecidos e cerca de 460 mil foram ordenadas a deixar suas casas nas regiões oeste e central do país.
O tufão inundou casas e provocou a destruição de estradas e pontes, além das cheias de rios, inundações e deslizamentos de terra.
Este é o tufão mais violento a atingir o país desde outubro de 2004, quando um fenômeno similar deixou mais de 100 mortos. As imagens de destruição exibidas pelos canais de televisão lembram os cenários posteriores ao tsunami de 11 de março. Muitos locais afetados ficaram sem energia elétrica.
Em um de seus primeiros atos públicos, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda, empossado apenas um dia antes da tormenta chegar à ilha, afirmou que o governo vai providenciar assistência para população afetada o mais rápido possível.
Seu antecessor, o ex-premiê Naoto Kan, foi, em parte, pressionado a deixar o cargo após ter revoltado a população com sua resposta ao tsunami, que devastou o país em março, e à crise nuclear em Fukushima. Muitos acusaram Kan de negligência.
"Nós vamos fazer tudo que for possível para resgatar pessoas e procurar os desaparecidos", prometeu Noda.
A primeira região atingida foi a ilha de Shikoku, onde o tufão tocou a terra no sábado. A principal ilha do país, Honshu, só foi afetada pelos fortes ventos na manhã de domingo. A agência meteorológica japonesa alertou que deve haver mais chuva e que o os moradores das regiões atingidas devem ficar em casa.
A tempestade estava se movendo para o Norte a uma velocidade de 10 quilômetros por hora.
A companhia Tokyo Eletric Power Co (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, informou que a instalação, danificada pelo terremoto e a tsunami que devastaram o Japão em março, não foi afetada pelo tufão.
Os níveis de radiação na usina, que sofreu vazamentos, continuam altos.
Deixe sua opinião