O tufão Fitow, que castiga o leste da China desde a última segunda-feira (7), causou pelo menos 20 mortes até agora, além de provocar inundações que deixaram milhares de pessoas temporariamente isoladas.
A maioria das vítimas foram registradas na província oriental de Zhejiang e, em particular, na cidade de Wenzhou, onde oito pessoas morreram eletrocutadas nas últimas horas e outras duas após a queda de um carro em um rio da região, informou a agência oficial "Xinhua".
As outras mortes foram registradas nos arredores de Xangai, capital econômica do país, que sofre com as piores chuvas desde 1961.
Pelo menos 254,7 mil casas ficaram sem energia elétrica em toda Zhejiang, onde cerca de 10 mil operários trabalham para restaurar a rede.
Devido às fortes chuvas provocadas pelo tufão, as autoridades locais colocaram a região sob alerta vermelho meteorológico desde o último domingo nas províncias litorâneas de Fujian e Zhejiang, enquanto Xangai segue em alerta azul - categoria mais baixa do sistema chinês - embora o governo tenha enviado mensagens de precaução.
Mais de 7 milhões de pessoas estão desabrigadas até agora pelo tufão em 11 cidades de Zhejiang e em suas imediações, com perdas econômicas estimadas em US$ 2 bilhões.
Embora as chuvas já tenham parado, milhares de pessoas continuam isoladas pelas inundações. O município de Yuyao, também em Zhejiang, foi o mais afetado, já que aproximadamente 830 mil habitantes ficaram isolados em suas casas sem água e sem energia elétrica.
Todos os alertas meteorológicos relacionados ao tufão foram retirados hoje, embora espere-se que, pela influência do tufão Danas, que avança em direção ao Japão, ainda chova em parte do litoral oriental da China.
Não é comum que os tufões cheguem a tocar o solo no leste da China durante o mês de outubro, já que costumam ser fenômenos de verão. O Fitow é o terceiro desde a criação da República Popular da China em 1949, após Krosa (2007) e Tilda (1961).
