Mulher tenta secar suas roupas em meio a casas destruídas na cidade de Tacloban pela passagem do tufão Haiyan| Foto: Reuters/Romeo Ranoco

Filipinas começa a receber ajuda para atender vítimas

Após ter seu território central devastado pelo tufão tropical Haiyan, que já deixou aproximadamente 10 mil mortos no país, as Filipinas começam a receber apoio financeiro de outros governos para a realização de serviços de ajuda de emergência aos atingidos. O tufão passou pelas Filipinas entre os dias 7 e 8 de novembro com ventos de mais de 300 km/h e causou grandes danos.

Neste domingo (10), a Comissão Europeia (CE) anunciou que vai conceder 3 milhões de euros (R$ 9,2 milhões) em conceito de ajuda de emergência às Filipinas como "resposta imediata" à devastação causada pelo tufão. A CE informou em comunicado que espera que a quantia sirva de contribuição para os serviços de ajuda nas zonas mais afetadas pelo fenômeno.

"Este é um dos ciclones mais fortes que o mundo já viu", declarou a comissária europeia de Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva, que disse estar "profundamente entristecida" pela perda de vidas e enviou suas condolências às famílias e amigos das vítimas.

Georgieva informou que os serviços da CE atuaram rápido para garantir que a ajuda de emergência chegue aos mais afetados pelo desastre. Segundo ela, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergências da CE monitora a situação no país asiático 24 horas por dia, e humanitários permanecem em campo para avaliar as necessidades mais urgentes.

Já o Governo britânico facilitará um fundo de cinco milhões de libras (US$ 7,8 milhões) para ajudar cerca de 500 mil vítimas do desastre. O Ministério de Cooperação Internacional Britânico informou neste domingo que o dinheiro será entregue a uma série de organizações para que prestem "ajuda humanitária vital", depois que as autoridades filipinas informaram que temem a morte de cerca de 10 mil pessoas.

Além disso, o Reino Unido enviará quatro especialistas em ajuda humanitária para que se somem aos trabalhos internacionais de assistência aos afetados pelo devastador tufão.

Ainda no sábado, o Governo da Colômbia também expressou sua solidariedade e ofereceu ajuda às autoridades e ao povo das Filipinas. O Ministério das Relações Exteriores colombiano transmitiu seus pêsames através de um comunicado e assinalou que está atento na colaboração que o país possa prestar "para superar o mais rápido possível as emergências registradas".

EFE

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Vietnã e Taiwan também são afetados pelo tufão Haiyan

Após arrasar o centro e sul das Filipinas, o "Haiyan" está no Mar do Sul da China em direção ao Vietnã, onde as autoridades já iniciaram evacuações de cerca de 600 mil pessoas. O tufão deve atingir ainda nesta segunda-feira o litoral vietnamita, informaram neste domingo (10) fontes oficiais.Leia matéria completa.

Desabrigados buscam refúgio em uma igreja católica em Tacloban
Centenas de casas foram destruídas perto de um mercado de peixes em Tacloban, no centro das Filipinas
Província de Leyte, na região central das Filipinas, teve várias inundações causadas pelo tufão Haiyan
Benigno Aquino (de camisa amarela), presidente das Filipinas, distribui suprimentos para os atingidos pelo tufão Haiyan na cidade de Roxas, província de Capiz
Vista aérea mostra a destruição em uma área costeira da província de Leyte, na região central das Filipinas
Veja imagens da chegada do tufão nas Filipinas
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Uma das tempestades mais fortes da história pode ter matado 10 mil pessoas na região central das Filipinas, afirmou uma autoridade policial neste domingo (10), depois que ondas enormes varreram aldeias costeiras e devastaram uma das principais cidades na região.

O supertufão Haiyan destruiu cerca de 70 a 80% das estruturas em seu caminho, ao atravessar a província de Leyte na sexta-feira (8), antes de perder força em direção ao oeste para o Vietnã, segundo o superintendente da polícia Elmer Soria.

Veja imagens da passagem do tufão pelas Filipinas

Enquanto as equipes de resgate tentavam chegar às aldeias devastadas, ao longo da costa, onde o número de mortos é ainda desconhecido, sobreviventes saíam em busca de alimentos e de familiares.

"As pessoas estão andando como zumbis procurando por comida", disse Jenny Chu, um estudante de medicina em Leyte . "É como um filme."

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A maioria das mortes parece ter sido causada pela água do mar, com ondas repletas de detritos que muitos diziam parecer um tsunami, derrubando casas e afogando centenas de pessoas em um dos piores desastres no país do Sudeste Asiático, propenso a tufões.

O governo e a agência de desastres não confirmaram a última estimativa de mortes, um aumento acentuado a partir de projeções iniciais no sábado de ao menos 1.200 vítimas fatais da tempestade cujos ventos atingiram 313 quilômetros por hora, com rajadas de até 378 quilômetros por hora.

"Tivemos uma reunião ontem à noite com o governador e outras autoridades. O governador disse que, com base em sua estimativa, 10 mil morreram", disse Soria à Reuters. "A devastação é tão grande."

Cerca de 300 pessoas morreram na província vizinha de Samar, onde o Haiyan atingiu o solo pela primeira vez na sexta-feira como um tufão de categoria 5, deixando 2 mil pessoas desaparecidas, disse um funcionário do governo.

Cerca de 480 mil pessoas ficaram desabrigadas e 4,5 milhões "afetadas" pelo tufão em 36 províncias, disseram autoridades. Agências humanitárias estão arrecadando alimentos, água, medicamentos e barracas para os desabrigados.

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Agências de ajuda internacional disseram que as equipes de socorro nas Filipinas estão sobrecarregadas depois de um terremoto de magnitude 7,2 na província central de Bohol, no mês passado, e do deslocamento causado por um conflito com os rebeldes muçulmanos no sul da província de Zamboanga.

A Embaixada dos Estados Unidos disse que irá fornecer 100 mil dólares para apoio à saúde, água e saneamento. A Austrália afirmou que dará inicialmente 358,9 mil dólares em suprimentos.

O Programa Mundial de Alimentos informou que está enviando de avião 40 toneladas de biscoitos de alta energia, o suficiente para alimentar 120 mil pessoas por dia, bem como suprimentos de emergência e equipamentos de comunicações.

Testemunhas e funcionários descreveram cenas caóticas na capital de Leyte, Tacloban, uma cidade costeira de 220 mil habitantes cerca de 580 quilômetros a sudeste de Manila, fortemente atingida, com centenas de corpos empilhados nas laterais das estradas e presos sob casas destruídas.

A cidade e as aldeias vizinhas, a cerca de um quilômetro da costa, foram inundadas, deixando corpos flutuantes e estradas interditadas com restos de árvores caídas, cabos de energia emaranhados e casas destruídas.

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Muitos usuários da Internet pediram orações e ajuda para os sobreviventes na nação católica romana, em grande parte em sites de mídia social como o Twitter.

Tufão Haiyan