O tufão Melor arrancou telhados, paralisou aeroportos e trens e fechou algumas fábricas na quinta-feira na principal ilha do Japão, mas a tempestade está perdendo força e rumando para o Pacífico.
A TV mostrou uma ponte destruída pela inundação em Aichi, a oeste de Tóquio, e carros semissubmersos na vizinha cidade industrial de Nagoya. Duas pessoas morreram, 46 ficaram feridas e 2.400 tiveram de deixar suas casas em todo o país, segundo a emissora pública NHK.
Em Ibaraki, ao norte de Tóquio, cerca de 50 imóveis foram destelhados, disse a TV. Na capital, o principal transtorno foi o cancelamento de trens.
"Parecia um enorme terremoto", disse uma mulher à NHK, descrevendo como sua casa foi chacoalhada pela tempestade.
O tufão, com rajadas de até 162 quilômetros por hora, estava cerca de 180 quilômetros ao norte de Tóquio ao meio-dia (0h em Brasília).
A Agência Meteorológica disse que ele se dirige a nordeste, a uma velocidade de 50 quilômetros por hora, e que há razão para alerta contra inundações e deslizamentos em amplas áreas do país, inclusive na capital.
A Toyota disse que suspendeu a produção em 12 fábricas no centro do país, enquanto a Suzuki paralisou as linhas de montagem em seis fábricas de carros e bicicletas.
Refinarias como a Nippon Oil e a Idemitsu Kosan também suspenderam parte dos embarques de combustível, mas suas instalações continuaram produzindo. A Sony suspendeu o trabalho em uma fábrica de equipamentos para TVs até as 12h.
Mais de 450 voos foram cancelados, segundo a NHK, e alguns trens-bala e serviços ferroviários locais também chegaram a parar. Várias autopistas foram interditadas.
Passageiros ficaram retidos durante duas horas em um trem na região de Tóquio quando a linha parou de operar, disse a NHK. Cerca de 10 mil casas em Chiba, a oeste de Tóquio, ficaram sem eletricidade.
Um entregador de jornais morreu a oeste de Tóquio quando sua moto foi atingida por uma árvore. Ao norte da capital, a queda de um galho matou outro homem.
Em Aichi, fortes ventos derrubaram um estábulo, e cem vacas fugiram, mas a polícia e os pecuaristas conseguiram encurralá-las cerca de três horas depois, segundo a imprensa.
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