Os ventos do tufão chegam a 162 quilômetros por hora e suas chuvas elevaram o nível dos rios nas áreas atingidas| Foto: REUTERS/Kyodo

O olho do tufão Neoguri atingiu a ilha de Kyushu, uma das quatro principais que formam o arquipélago japonês, nesta quinta-feira de manhã (horário local). Sua passagem pela ilha de Okinawa, no sul, deixou dois mortos e ao menos 32 feridos, segundo autoridades do país.

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Os ventos do tufão chegam a 162 quilômetros por hora e suas chuvas elevaram o nível dos rios nas áreas atingidas. Mais de 200 mil pessoas foram aconselhadas a deixarem suas casas, número menor do que as 500 mil de terça-feira.

As ilhas de Kyushu, Shikoku, Honshu e Hokkaido, porém, podem sofrer ainda mais do que a região sul.

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A agência meteorológica previa que o centro do tufão chegaria a Kyushu na manhã de quinta-feira e disse que permanecerá por bastante tempo na região, já inundada por trombas d'água há um dia. "O ponto máximo será na manhã de quinta-feira", dizia na televisão um habitante da região.

As autoridades de Kagoshima prepararam cerca de 200 centros de acolhida. No total, 833 mil habitantes foram alertados para que se preparassem para abandonar suas casas, por vontade própria ou à força. As fortes chuvas deixaram dois mortos, em Kochi (Shikuko) e Kumamoto (Kyushu).

A Agência Nacional de Meteorologia avisa que existem riscos muito grandes de deslizamentos de terra, inundações e outros desastres nestas ilhas do extremo sul do Japão.

"Em alguns lugares chove com uma violência sem precedentes, é uma situação extremamente perigosa. Sigam os sinais das autoridades, protejam-se", declarou um funcionário da Agência meteorológica em uma coletiva de imprensa.

Okinawa está em alerta especial desde segunda-feira.

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"É muito importante não permanecer no exterior e encontrar um lugar seguro porque os terrenos e certos edifícios encontram-se enfraquecidos pelas chuvas anteriores e pelas rajadas de vento de mais de 250 km/h", comentou um especialista da televisão pública NHK. As chuvas têm um volume excepcional.

Na província central de Nagano, um menino de 12 anos morreu em um deslizamento de terra que deixou sua família soterrada, segundo a rede NHK. O Japão está acostumado a sofrer todos os anos ciclones tropicais, mas raras vezes eles são tão violentos no mês de julho.