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Atualizado em 05/11/2005 às 18h43

Pela nona noite seguida, gangues de jovens lançaram ataques nos subúrbios de Paris, enquanto o governo busca resposta para as ações que se multiplicam em outras cidades francesas.

A polícia disse que 897 veículos foram incendiados na região de Paris e em cidades como Estrasburgo, Rennes, Toulouse e Lille, disse o promotor-geral da capital francesa, Yves Bot. Segundo a autoridade, 253 pessoas foram detidas nos choques detonados pela morte de dois jovens que, aparentemente, fugiam da polícia.

Os tumultos têm sido em parte fomentados pela frustração de jovens, em sua maioria muçulmanos e negros de origem africana, com o alto índice de desemprego e a percepção de que não possuem oportunidades econômicas.

Segundo a polícia, pequenos incidentes foram registrados em províncias de outras partes do país.

O mais recente surto de violência aconteceu apesar de uma grande presença policial. Cerca de 1.400 homens foram mobilizados para Seine-Saint-Denis, a área mais atingida.

Os pedidos de calma do primeiro-ministro, Dominique de Villepin, até agora não surtiram efeito e a pressão sobre ele é maior com a disseminação dos tumultos para outras cidades. Villepin convocou um reunião de emergência do governo neste sábado para discutir a questão.

O ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy, defendeu neste sábado a estratégia do rigor diante dos distúrbios.

- Todos devem entender que queimar um veículo é injusto para o proprietário do veículo e pode custar caro em termos de condenação. O governo é unânime sobre a firmeza (para enfrentar os manifestantes) - afirmou Sarkozy.

Pressionado a pedir demissão, o ministro acrescentou que "o Estado republicano não pode aceitar a violência".

Em uma tentativa de conter a tensão, líderes religiosos católicos, protestantes e muçulmanos realizaram uma marcha silenciosa para este sábado em Aulnay-sous-Bois.

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