Milhares de pessoas protestaram nesta terça-feira em várias cidades da Tunísia. Os manifestantes exigem que os membros do antigo regime do país sejam excluídos da nova administração, segundo repórteres da France Presse. Além disso, três ministros ligados à oposição anunciaram que não mais integrarão o novo governo.
O principal sindicato tunisiano, que teve um importante papel nos protestos pela deposição do presidente Zine El Abidine Ben Ali, recusou-se a reconhecer o novo comando do país, segundo um funcionário da entidade. O Sindicato Geral dos Trabalhadores Tunisianos (UGTT, na sigla em francês), tomou a decisão em uma reunião extraordinária.
Já o popular partido islâmico Ennahdha afirmou que não pretende concorrer nas eleições presidenciais e denunciou o novo governo como "de exclusão". Um porta-voz da sigla em Paris, Houcine Jaziri, disse que o partido tomará parte apenas nas eleições legislativas. "Não haverá transição democrática sem o Ennahdha", afirmou.
Ministros
o primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi, que ficou no cargo após a saída de Ben Ali, manteve vários ministros do antigo regime, dizendo que os que permaneceram têm "as mãos limpas". Hoje, o ministro dos Transportes e Equipamentos, Anouar Ben Gueddour, afirmou que ele e outros dois ministros vinculados ao sindicato UGTT deixaram o governo. A saída das autoridades ocorre apenas um dia após Ghannouchi anunciar a administração interina,que incluía oposicionistas.
Não está claro ainda se a saída dos ministros poderia causar a queda do novo governo. Os outros ministros que deixaram o cargo são Houssine Dimassi, do Trabalho, e Abdeljelil Bedoui, que não tinha uma pasta específica. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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