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Polícia alemã pediu ordem de prisão internacional para Ali Bashar, acusado de matar adolescente judia na Alemanha e que está no Iraque | Divulgação/Polizeipräsdium Westhessen
Polícia alemã pediu ordem de prisão internacional para Ali Bashar, acusado de matar adolescente judia na Alemanha e que está no Iraque| Foto: Divulgação/Polizeipräsdium Westhessen

Dois homens, um iraquiano e um turco que tinham pedido asilo à Alemanha, foram acusados pela promotoria nacional de estuprar e matar uma adolescente de 14 anos. Segundo o jornal israelense Times of Israel”, a menina pertencia à comunidade judaica de Mainz, no Oeste do país. O corpo foi encontrado na quarta, perto de uma ferrovia, na cidade vizinha de Wiesbaden.

A menina, identificada como Susanna Maria Feldman, estava desaparecida desde 23 de maio. Na noite anterior, segundo o site “Israel National News”, ela saíra com amigos. Autoridades policiais disseram que, inicialmente, não trataram o caso como um crime, devido ao histórico de faltas escolares de Susanna 

O caso despertou o interesse dos políticos e reacendeu as críticas à política migratória da chanceler alemã Angela Merkel. O principal partido de oposição, o Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), de extrema-direita, aproveitou para criticar a decisão dela de permitir a entrada de mais de um milhão de imigrantes e refugiados no país em 2015. “Você está com a consciência tranquila, sra. Merkel”, publicou o partido em sua página no Facebook. 

Acusados pediam asilo

Os dois acusados moravam em abrigos para refugiados. O turco já se encontra sob custódia da polícia alemã. A Alemanha solicitou, de acordo com a CNN, uma ordem internacional de prisão para Ali Bashar, que já tinha passagem pela polícia, Ele fugiu para o Iraque, via Istanbul (Turquia), no dia 2. 

Quando a polícia iniciou as investigações, Bashar e outros sete membros de sua família, que viviam em um centro de refugiados em Wiesbaden, fugiram usando documentos que as autoridades alemãs não conseguiram identificar como suspeitos. 

Leia mais: ï»¿Pesquisa mostra o que a Alemanha tentava esconder: refugiados são responsáveis por aumento da criminalidade no país

As passagens de avião usadas por eles tinham nomes diferentes dos utilizados para conseguir a autorização de moradia, disseram os policiais. Segundo o jornal alemão “Bild”, eles teriam partido de Dusseldorf em direção à cidade turca. Dali, teriam ido para Erbil, no Norte do Iraque. 

Bashar começou a ser investigado quando um menino, também refugiado, de 13 anos disse à polícia de Wiesbaden, que o iraquiano tinha estuprado e matado Susanna. 

Segundo a polícia, Bashar chegou à Alemanha em outubro de 2015 e mudou-se para Wiesbaden com seus pais e irmãos em abril de 2016. Ele se envolveu em vários incidentes violento, como roubo com faca, e é supeito de do estupro de uma menina de 11 anos. A CNN informou que a polícia não via motivos para prender Bashar antes do caso Feldman 

Mãe apelou para Angela Merkel

A mãe de Susanna, Diana Feldman, utilizou o Facebook para publicar atualizações sobre o desaparecimento de sua filha. “Não há nada pior para uma mãe no mundo do que não saber o paradeiro de sua filha”, escreveu ela em 25 de maio, dois dias após o desaparecimento da adolescente. No dia 1°, diante da ausência de qualquer notícia, ela publicou uma carta-aberta para a chanceler Angela Merkel, implorando por ajuda. 

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