Tratamentos são até 80% mais baratos
A Polônia é tão barata assim para compensar as despesas com transporte e alojamento, além do tratamento? Sim, segundo a informação oferecida pelo Ministério da Economia polonês, muitos tratamentos são até 80% mais baratos que em outras partes do mundo.
O implante dentário, por exemplo, custa, segundo o Ministério, uma média de 608 euros na Polônia, enquanto nos Estados Unidos e no Reino Unido esse valor pode superar os 3 mil euros.
Algo similar ocorre com uma operação complexa como a de ponte de safena, que em um hospital polonês particular sai por 7,6 mil euros diante dos mais de 34 mil euros dos Estados Unidos, 17 mil euros do Reino Unido e os mais de 9,3 mil euros da Turquia.
"Temos um país seguro, moderno e com bons médicos", resumiu Ada Kostrz, responsável pela campanha governamental para fazer da Polônia um "destino de saúde".
As autoridades polonesas e várias empresas médicas locais se esforçaram para mostrar essa imagem nas últimas feiras realizadas em Miami, Moscou e Mônaco, onde a Polônia se apresentou como um destino para o turismo médico.
Os principais concorrentes da Polônia são países como Turquia, Tailândia e Índia.
Uma mesa de cirurgia ou uma consulta no dentista não é o destino sonhado de férias para muitos, mas, mesmo assim, as autoridades polonesas decidiram apostar nesse mercado e transformar a Polônia em uma referência para o lucrativo turismo de saúde de russos, alemães, americanos e escandinavos.
Em 2012, chegaram à Polônia 500 mil pessoas para serem submetidas a um tratamento, de acordo com Ada Kostrz, a responsável da campanha governamental promovida pelo país como destino de saúde.
Segundo seus dados, o número de turistas que buscam tratamento médico na Polônia aumentou entre 12% e 15% anuais durante os últimos anos.
Um negócio lucrativo para os cerca de 40 centros de saúde e hospitais que participam da campanha "Polônia, o destino da sua saúde" e que também é financiada com fundos da União Europeia. Entretanto, Ada se recusou a revelar o impacto econômico desses visitantes na economia nacional.
"São turistas particulares, o que é difícil de determinar, mas é preciso levar em conta que, além do tratamento médico, essas pessoas também viajam, fazem compras e utilizam a hotelaria local", disse.
Os "turistas de saúde" buscam na Polônia, principalmente, tratamentos de medicina estética, ortopédica, reabilitações, sanatórios para problemas respiratórios e uma visita ao dentista, destaque do turismo médico não só na Polônia, mas em outros países da região como Hungria e Letônia.
Os russos, sobretudo, vêm buscando lugares nos sanatórios poloneses para problemas alérgicos e respiratórios; os britânicos fazem tratamentos dentais complexos, assim como os alemães, que também procuram os centros de spa e beleza próximos da Alemanha; e os italianos se derretem pelas operações plásticas e pelas cirurgias estéticas.
"Nós atendemos muitos estrangeiros, sobretudo britânicos, alemães e escandinavos que sabem que na Polônia oferecemos um bom nível por um preço muito menor que em seus próprios países", disse a dentista Marzena Grabos.
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