As duas turistas brasileiras que foram sequestradas neste domingo (18) junto a um guia egípcio supostamente por um grupo de beduínos no sul da Península do Sinai, no leste do Egito, foram libertadas por seus sequestradores.

CARREGANDO :)

Segundo fontes oficiais citadas pela agência oficial egípcia "Mena", as turistas brasileiras e o homem egípcio, que retornavam de uma visita ao mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai, foram libertados após a mediação de líderes das tribos beduínas da região.

As mesmas fontes afirmaram que a libertação aconteceu sem que fosse cumprida qualquer exigência dos sequestradores.

Publicidade

Já o porta-voz da coalizão de tribos do Sul do Sinai, Yuma Salim Barakat, disse que os xeques tribais se deslocaram ao local do fato imediatamente após conhecer a notícia, e afirmou que as tribos rejeitam este tipo de sequestros de turistas, que afetam a vida dos moradores da região.

Em entrevista ao portal G1, o pai de uma das reféns, o pastor evangélico Dejair Batista Silvério, de 60 anos, disse que chegou a falar por telefone com a filha Sara Lima Silvério, de 18 anos, depois da libertação, junto com a amiga Zélia Magalhães de Mello, de 45.

Itamaraty confirma

O Itamaraty confirmou na noite deste domingo que foram libertadas e passam bem as duas turistas brasileiras sequestradas. A informação foi transmitida ao governo federal às 20h30 (horário de Brasília) pela Embaixada do Brasil no Egito, que está em contato permanente com as autoridades egípcias desde a captura de duas adolescentes, que integravam um grupo de 45 turistas que seguia para o mosteiro no Monte Sinai.

Sequestro

Publicidade

As duas brasileiras foram levadas por beduínos que metralharam o ônibus onde estavam, a caminho do Monte Sinai. O veículo foi interceptado por um grupo que teria levado, além das duas mulheres, o guia do ônibus, que é egípcio e estava armado.

O sequestro aconteceu quando o ônibus com 38 turistas voltava do mosteiro de Santa Catarina, importante sítio turístico no sul da península, segundo fontes egípcias dos serviços de segurança.

Os sequestradores puseram os reféns em um carro e fugiram para uma região montanhosa, segundo autoridades egípcias.Os demais brasileiros que estavam no veículo foram escoltados, depois do incidente, por duas equipes das forças de segurança egípcias para um hotel perto do Monte Sinai, segundo Silvério.

Segundo uma fonte policial, um dos sequestradores pedia a libertação de seu filho, condenado à prisão por tráfico de drogas e armas.

Outros casos

Publicidade

Este é o terceiro episódio com estas características registrado no Sinai em apenas um mês e meio, depois que membros de tribos beduínas retiveram em fevereiro três turistas sul-coreanos e outros dois turistas americanos.

Nos dois casos, os sequestros duraram apenas algumas horas, e foram concluídos depois que os beduínos exigiram a libertação de companheiros detidos por delitos como assalto a banco e tráfico de ópio.

Além disso, na sexta-feira, um grupo de beduínos armados que cercava um contingente de tropas uruguaias, colombianas e americanas que participam da missão de paz que vigia o acordo entre Egito e Israel no Sinai acordou retirar o cerco.

A Península do Sinai, desmilitarizada por causa dos acordos de paz de Camp David entre Israel e Egito (1978), se transformou em um dos principais pólos de atração turística no Egito, graças principalmente ao encantamento de sua costa e a centros históricos religiosos como o mosteiro de Santa Catarina.