Os milhares de turistas que descansam no balneário cubano de Varadero, a maioria deles estrangeira, ficaram neste domingo (26) em seus hotéis à espera de que a tempestade tropical "Isaac" se afaste aos poucos da ilha rumo à Flórida (Estados Unidos) e ao Golfo do México.
Neste momento, as instalações hoteleiras do balneário abrigam mais de 22 mil turistas, dos quais quase 17 mil são estrangeiros e, cerca de 5 mil, cubanos, disse a representante do Ministério do Turismo (Mintur) em Matanzas, Ibis Fernández, citada pela estatal "Agência de Informação Nacional" (AIN).
"Estão nas instalações dos hotéis, fazendo atividades com animadores e de recreação saudável", contou Fernández.
A funcionária admitiu que "há previsões de intensas chuvas no litoral norte, na região de Kawama, na entrada do Canal de Paso Malo, onde estão os hotéis Meliá Las Antilhas e Arenas Doradas, mas até o momento tudo se mantém estável".
Ao meio-dia (local) de hoje, "Isaac" estava a 115 quilômetros ao norte de Varadero, município da província noroeste de Matanzas situado a cerca de 120 quilômetros de Havana, segundo o último relatório do Instituto de Meteorologia (Insmet) da ilha, transmitido pela televisão local.
Uma empregada do hotel Barlavento, da Playa Azul, disse à Agência Efe que o céu do famoso balneário cubano "está nublado, choveu fortemente em alguns momentos e por isso os turistas permanecem dentro dos hotéis".
O centro do fenômeno meteorológico atravessou Cuba ontem, mas hoje se desloca pelo mar do estreito da Flórida com ventos sustentados de 100 km/h e com uma velocidade de 30 km/h.
O chefe do Centro de Previsões do Insmet, José Rubiera, explicou que uma área de chuvas fortes e localmente intensas cobre o norte de Matanzas, as províncias de Havana e também Villa Clara.
Nesse sentido, Rubiera ressaltou que a chuva "é o fator mais importante" dos efeitos que a tempestade tropical ainda causa sobre quase toda a ilha, embora aos poucos se distancie.
A tempestade tropical "Isaac" deixou até agora em Cuba mais de 25 mil retirados, pequenos danos materiais, inundações em áreas litorâneas e rios a ponto de transbordar, e mantém ainda em expectativa as autoridades e a população da ilha, apesar de se afastar rumo aos EUA.
Segundo a direção do Conselho de Defesa Nacional, reunida em Havana , não se reportou por enquanto nenhuma vítima pela passagem de "Isaac", que chegou no sábado à província de Guantánamo e voltou ao mar cinco horas depois pela província de Holguín.