Após suspeita de atentado em desastre da Metrojet, somente bagagens de mão puderam embarcar.| Foto: Asmaa Waguih/Reuters

Com uma série de falhas de segurança e 80 mil russos retidos em Hurgada e Sharm el-Sheikh, o Egito voltou a vetar voos e começou a proibir jornalistas de cobrir o caos no aeroporto do balneário, uma semana após o desastre do Airbus da Metrojet no Sinai. A confusão aumentou com a suspensão russa de novos voos para a região, um dia antes.

CARREGANDO :)

Moscou decidiu mandar 46 aviões para repatriar seus cidadãos retidos nos balneários do Sinai, mas o Egito afirma que não tem capacidade para lidar com tantas partidas no aeroporto. A exemplo do Reino Unido, o Kremlin também aplicou restrições às bagagens: somente o que puder ser levado à mão pode passar, malas maiores serão entregues depois.

Se os países estão aumentando suas medidas de segurança, o aeroporto de Sharm el-Sheikh cada vez mais entra em situação de colapso. Milhares de britânicos no local tiveram de ser levados de volta a seus hotéis porque o Egito voltou a barrar mais voos de deixarem o país, alegando incapacidade de lidar com o grande fluxo de aeronaves partindo.

Publicidade

Britânicos que conseguiram passar pelas enormes filas de segurança voltaram a flagrar funcionários recebendo propinas para facilitar a saída de alguns passageiros para o embarque, além de relatarem que pessoas com isqueiros e garrafas conseguiam passar.

Raf Sanchez, do “Telegraph”, contou que os jornalistas estão sendo impedidos de entrar no aeroporto. “As autoridades estão tirando jornalistas e os barrando. Estão obviamente desconfortáveis com a multidão de repórteres falando com passageiros no terminal e ficaram pasmos com a cobertura negativa das condições parcas de segurança”, disse.

Sinais de atentado

Evidências apontam cada vez mais para um possível atentado a bomba plantada no compartimento de carga, segundo investigadores. Após especialistas franceses alertarem para o súbito sumiço de vozes e dados do avião, fontes russas afirmaram que a abrupta queda nas comunicações da caixa-preta, que fica na cauda, indicariam um explosivo no bagageiro, desligando a gravação com o corte dos sistemas eletrônicos. A cauda estava separada do avião, nos destroços, e havia marcas na fuselagem.