Cancún(Das agências internacionais) Isolados há seis dias por causa do furacão Wilma, milhares de turistas tomaram os aeroportos e as agências de turismo da região de Cancún ontem, enquanto as autoridades mexicanas tentam retirar 22 mil visitantes com apenas 6 mil lugares nos vôos diários. Embora a maioria da inundação tenha acabado e a eletricidade esteja voltando aos poucos, os frustrados visitantes, que estão há uma semana sem tomar banho, disseram que estão se sentido como as vítimas do furacão Katrina, que devastou a cidade norte-americana de Nova Orleans. "Agora eu sei como aquelas pessoas se sentiram", disse Angela Benites, 48 anos, da Cidade do México.
Enquanto os cerca de 500 mil habitantes de Cancún lutavam para limpar suas casas inundadas e destroçadas, multidões de turistas frustrados cercavam os escritórios de empresas aéreas. Alguns choraram de alegria ao conseguir a passagem. Angela foi uma das poucas que saíram com o cartão de embarque da empresa Mexicana. "Eu me sinto como se minha alma tivesse voltado ao meu corpo", disse a turista, que enfrentou mais de cinco horas de fila. Ainda com a situação indefinida estava a pesquisadora universitária canadense Beverly Gerg, 33 anos: "Estou sem dinheiro e, se não puder viajar já, não terei onde dormir à noite", disse. Ela chegou ao aeroporto às 5 horas, mas foi encaminhada de volta ao escritório da Mexicana, no centro da cidade. "Não entendo por que não há mais vôos."
O Wilma provocou sérios danos no aeroporto quando atingiu a região, na sexta-feira e no sábado passados. Com os equipamentos de navegação destruídos, os pilotos são obrigados a operar apenas com os instrumentos do próprio avião.
Brasileiros
Milhares de turistas, entre eles brasileiros, foram levados de ônibus até Mérida, cidade do outro lado da península do Yucatán, mas essa alternativa também se mostrou pouco eficiente porque também lá os vôos já estão lotados para os próximos sete dias. Além disso, o intenso tráfego aéreo tem provocado atraso nos vôos. Cerca de cem brasileiros esperavam embarcar de volta para o Brasil ontem, num vôo da TAM.
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