George Palafox levou a mulher para Cancún pelas praias paradisíaacas e o clima do balneário, mas depois de o furacão Wilma ter atingido a região, Palafox acabou tendo de se armar com pedras e pedaços de cano para defender a mulher.
Quando o Wilma se aproximou de Cancún vindo do Caribe, cerca de 20 mil turistas foram obrigados a trocar seus luxuosos hotéis da beira-mar por abrigos improvisados.
Palafox, a mulher dele e dezenas de outros turistas estrangeiros foram colocados dentro de uma escola isolada e recorreram a pedras e canos quando moradores da cidade lhes contaram sobre uma suposta ameaça de saqueadores, que já teriam invadido lojas da área e pretendiam atacar os turistas a seguir. Apesar de a ameça nunca ter se concretizado, o sofrimento foi grande.
- Éramos cerca de 21 pessoas em um quarto, deitadas no chão. Estávamos chorando ou rezando. Eu não agüentei e comecei a chorar - disse Palafox, de 52 anos, nesta quarta-feira, quando ele e a mulher finalmente conseguiram embarcar em um avião e sair de Cancún.
- Aquilo foi um inferno - afirmou a caminho do aeroporto de Cancún, de onde seguiriam rumo a San Antonio, nos EUA.
No aeroporto e nas agências das companhias aéreas da cidade, o caos era generalizado. Turistas desesperados tentavam obter um vôo a todo custo depois de terem passado seis noites dormindo ao lado de estranhos, com pouca comida e água, em meio a banheiros sujos e muito calor.
A polícia montou barreiras do lado de fora do aeroporto, permitindo a passagem apenas dos que tivessem reservas em vôos que fossem partir nas próximas horas.
Na área central de Cancún, os turistas que haviam entrado na fila antes do amanhecer conseguiam despachar sua bagagem com funcionários de uma companhia aérea. Perto dali, centenas de pessoas continuavam na fila.
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