Os esqueletos de duas pessoas que foram atacadas várias vezes com uma estaca perfurando o peito virou um inusitado alvo do interesse de turistas na Bulgária. As agências de turismo estão registrando um aumento dos chamados tours vampirescos, conta o jornal búlgaro "The Standard", depois da descoberta desta semana na cidade de Sozopol, no Mar Negro. Os mais interessados são alemães e britânicos, mas russos e americanos também se interessam pelo assunto, informam as agências.
Segundo arqueólogos, os esqueletos descobertos esta semana são da Idade Média. Eles teriam tido o peito e o estômago perfurados seguindo a crença de que isso evitaria que se tornassem vampiros, segundo o Museu de História. No caso dos esqueletos de Sozopol, foram usadas estacas de ferro, conta o arqueólogo Bozhidar Dimitrov.
Desde então, o local das escavações tem sido procurado por visitantes curiosos para ver "o que restou dos vampiros". Dimitrov, que descobriu os esqueletos com cerca de 700 anos, disse que uma das vítimas provavelmente foi o pirata Krivich Crooked. As habilidades de Crooked como pirata teriam levado a rumores de que praticava bruxaria. A estaca, de madeira ou metal, seria uma forma de impedir que pessoas más voltassem à vida.
Diante do interesse despertado, a imprensa local diz que há planos para que os esqueletos sejam exibidos no Museu Nacional, em Sophia.
A prática de usar a estaca era comum na região até o início do século passado, e outros esqueletos do gênero já foram encontrados antes. Mas a última descoberta fez outras cidades búlgaras decidirem investir no turismo vampiresco.