O caça turco abatido pela Síria quando sobrevoava águas sírias pode ter invadido o espaço aéreo do país vizinho, admitiu neste sábado o presidente da Turquia, Abdullah Gül.

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"Às vezes pode acontecer que os aviões militares, com a velocidade em que voam, especialmente sobre o mar, invadam as fronteiras", disse o presidente em uma breve alocução transmitida pela agência turca "Anadolu".

"É algo frequente. No Egeu e no Mar Negro é uma simples rotina, ocorre sem nenhuma má intenção", acrescentou Gül, antes de explicar que as autoridades turcas investigam "se o incidente ocorreu sobre nossas águas ou não".

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"Não podemos fazer declarações antes de ter o assunto completamente esclarecido", ressaltou.

O chefe do Estado lembrou que a Turquia já retirara (em maio) "por segurança" todo o seu pessoal diplomático da Síria, mas confirmou que entrou em contato com Damasco e que as autoridades sírias participam da busca dos dois pilotos do caça turco.

Gül esclareceu que, embora tenham sido localizados alguns restos do avião derrubado, um caça do tipo F-4 que voava sem armamento, ainda não há certeza sobre o destino de seus dois ocupantes.

Segundo as informações feitas públicas até agora por parte das Forças Armadas turcas, o avião, que decolara ontem às 4h30 (horário de Brasília) da base aérea de Malatya, no sudeste da Turquia, desapareceu às 5h58 dos radares, enquanto sobrevoava o Mediterrâneo ao sudoeste da província de Hatay, fronteiriça com a Síria.

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