O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse nesta quinta-feira (23) ter sido informado de que foi alcançado um acordo com 200 combatentes curdos do Iraque, os peshmerga, para atravessarem a Turquia e ajudarem na defesa da cidade curda de Kobani, na Síria, que está sitiada pelo Estado Islâmico.
Como a fronteira entre a Síria e o Iraque está dominada pelo EI, os curdos terão que passar pela Turquia, país que também tem uma minoria curda, para alcançar Kobani.
Erdogan deu a declaração em entrevista à imprensa na capital da Letônia, Riga, depois que parlamentares curdos iraquianos aprovaram na quarta-feira (22) um plano de envio dos combatentes, na primeira ação militar da região semiautônoma iraquiana na guerra na Síria.
"Eu fui informado que eles alcançaram um acordo de 200 (combatentes)", disse Erdogan.
O domínio de Kobani daria ao EI o controle de uma ampla parte da fronteira no norte da Síria.
Curdos em terra e ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA tentam impedir o avanço dos extremistas.
Na segunda (20), os EUA lançaram armas e medicamentos aos curdos de Kobani - material enviado pelos curdos iraquianos e que foi em parte apreendido pelo EI.
Erdogan criticou o envio de armas, chamando a milícia curda na Síria, as Unidades de Proteção do Povo (YPG), que luta em Kobani de "grupo terrorista".
As YPG mantêm vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) turco, que há 30 anos lidera um movimento de insurgência no sudeste do país.
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