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A Turquia intensificou os ataques de artilharia contra uma cidade síria na fronteira, nesta quinta-feira (4), matando vários soldados sírios, e o Parlamento turco debateu sobre conceder autorização para mais ações militares no caso de outro incidente em seu território em consequência do conflito sírio.

Fiel aliada da Síria, a Rússia disse que recebeu garantias do governo sírio de que a explosão de um morteiro numa cidade turca, em que cinco pessoas da mesma família morreram, tinha sido um trágico acidente e não aconteceria de novo, e o ministro da Informação da Síria transmitiu seus pêsames ao povo turco.

Mas o governo da Turquia disse que a "ação agressiva" do Exército sírio contra seu território tornou-se uma séria ameaça à segurança nacional e buscou aprovação parlamentar para o deslocamento de tropas turcas para além de suas fronteiras.

"A Turquia não tem nenhum interesse em uma guerra com a Síria. Mas a Turquia é capaz de proteger suas fronteiras e vai retaliar quando necessário ", disse Ibrahim Kalin, um assessor do primeiro-ministro Tayyip Erdogan, em sua conta no Twitter.

"Iniciativas políticas e diplomáticas vão continuar", disse.

No mais grave acontecimento da guerra civil de 18 meses além das fronteiras da Síria, a Turquia reagiu após o que chamou de "gota d'água" - o morteiro que atingiu a cidade de Akcakale, matando uma mãe, seus três filhos e uma familiar.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que vários soldados sírios foram mortos no bombardeio turco á um posto militar perto da cidade síria de Tel Abyad, a poucos quilômetros da fronteira com Akcakale. O grupo não disse quantos soldados morreram.

"Nós sabemos que eles sofreram perdas", afirmou uma fonte de segurança turca à Reuters, sem dar mais detalhes.

O observatório também relatou confrontos entre rebeldes e o Exército sírio no posto militar, e disse que os rebeldes mataram 21 soldados da guarda republicana de elite nesta quinta-feira, em uma emboscada a um microônibus do Exército em um subúrbio a noroeste de Damasco.

Na Turquia, a polícia disparou gás lacrimogêneo para parar um grupo de cerca de 25 a 30 manifestantes anti-guerra gritando "Nós não queremos guerra!" e "O povo sírio é nosso irmão!" que se aproximava do Parlamento enquanto deputados debatiam uma autorização para mais ações militares.

O Parlamento deve votar ainda nesta quinta sobre a prorrogação de uma autorização para extensão de cinco anos para operações militares em território estrangeiro, um acordo inicialmente previsto para permitir ataques contra militantes curdos em bases no norte do Iraque.

Líderes mundiais condenaram o ataque com morteiros, mas pediram moderação.

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