A Turquia autorizou nesta quarta-feira (28) a Rússia a construir o gasoduto South Stream, idealizado para unir o maior produtor e exportador de gás do mundo ao sul da Europa, pelo fundo do Mar Negro, afirmou o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.

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"Quero agradecer a Turquia pela decisão de outorgar a permissão definitiva para a construção do gasoduto South Stream na zona especial econômica turca", assinalou Putin, citado pela agência "Interfax", no transcurso das negociações russo-turcas.

O acordo foi fechado em reunião em Moscou entre o chefe de Governo russo e o ministro da Energia e Recursos Naturais turco, Taner Yildiz.

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O presidente do consórcio monopolístico russo do gás Gazprom, Aleksandr Miller, avaliou o acordo como a confirmação de que o gasoduto russo será uma realidade dentro dos prazos previstos.

"A permissão de obra obtida da Turquia é a mais séria confirmação de que o projeto será construído conforme previsto, isto é, antes do fim de 2015", assinalou Miller em nota remetida pela companhia estatal russa.

O gasoduto, pensado para bombear primeiro 30 bilhões de metros cúbicos de gás anuais e depois 63 bilhões (10% da necessidade europeia) a partir da Rússia para Bulgária, através do Mar Negro, e depois aos Balcãs, poderia desembocar no norte da Itália.

Igualmente, a infraestrutura russa poderia chegar até os territórios sérvios (República Srpska) da Bósnia e Herzegovina, anunciou nesta quarta-feira o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Vladimir Titov, em entrevista publicada no site oficial do Ministério.

"No estudo técnico do traçado do gasoduto pelo território da Sérvia está prevista a construção de uma ramificação à República Srpska. Em caso de confirmação da viabilidade técnica e econômica de tal ramificação o projeto incluirá o território da Bósnia e Herzegovina", antecipou Titov.

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Rússia já assinou acordos bilaterais intergovernamentais para levar o gasoduto à Europa com Áustria, Bulgária, Hungria, Grécia, Eslovênia, Sérvia e Croácia.

South Stream é um projeto de gasoduto entre a Rússia e os países do sul da Europa participado pelas corporações Gazprom, a italiana Eni, a francesa EDF e a alemã Basf, que em setembro selaram acordo vinculativo para transformá-lo em uma realidade.