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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan| Foto: EFE/EPA/Thaier Al-Sudani

A Autoridade de Tecnologias de Informação e Comunicação da Turquia (BTK) confirmou nesta sexta-feira (2) que bloqueou o acesso à rede social Instagram, sem esclarecer até o momento as razões desta decisão.

A emissora turca NTV afirmou que, segundo suas fontes, o Instagram cometeu um dos “crimes de catálogo” que incluem, por exemplo, a divulgação de conteúdos de abuso sexual infantil, incitação ao suicídio ou insultos ao fundador do país, Mustafa Kemal Atatürk.

O jornal BirGün, por sua vez, especula que a decisão é fruto de uma suposta censura que o Instagram tinha aplicado a mensagens de condolências pela morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, morto na quarta-feira em Teerã em um ataque atribuído a Israel.

“Condeno veementemente que a plataforma Instagram tenha impedido, sem explicar os motivos, a divulgação de mensagens de condolências pela morte de Haniyeh. É um óbvio ato de censura”, escreveu o chefe de Comunicação da presidência turca, Fahrettin Altun, na quarta-feira na rede social X.

“Diante desta plataforma, que já provou inúmeras vezes servir a ordem global exploradora e a injustiça, continuaremos a defender a liberdade de expressão”, disse Altun.

As demais plataformas da empresa Meta, controladora do Instagram, funcionam sem problemas na Turquia.

Nesta quinta-feira (1º), a Turquia declarou que esta sexta-feira seria um dia de luto nacional, em condolências pela morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, com as bandeiras de todo o país a meio mastro.

Israel convoca embaixador turco

O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, convocou o vice-embaixador da Turquia para uma “severa reprimenda” depois de ter baixado a meio mastro a bandeira da embaixada turca em Tel Aviv, em luto pela morte do principal líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã.

“Se os representantes da embaixada querem lamentar o arquiterrorista Haniyeh, que viajem à Turquia para lamentar juntamente a Erdogan, que abraça a organização terrorista Hamas e apoia os seus atos de assassinato e horror”, disse Katz em um comunicado.

O governo Erdogan mantém boas relações com a liderança do terrorista Hamas e até abriga alguns dos seus líderes em seu território. As visitas de Haniyeh, como principal representante diplomático do grupo palestino, à Turquia eram comuns.

"Israel não aceitará expressões de participação no luto por um assassino como Ismail Haniyeh, chefe da organização terrorista Hamas, que cometeu atos de estupro e assassinato em 7 de outubro, e até ofereceu uma oração de agradecimento e desejou sucesso aos assassinos enquanto via as imagens horríveis daquele dia na televisão", ressaltou Katz.

O embaixador israelense já havia convocado em março o encarregado de negócios da Turquia, que serve como vice-embaixador desde que Erdogan chamou seu embaixador, Şakir Özkan Torunlar, para consultas em novembro do ano passado sobre a “tragédia humanitária em Gaza”, e este ainda não regressou a Tel Aviv.

A convocação de março deveu-se às duras declarações e ameaças de Erdogan ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, a quem comparou a Hitler, Stalin e Mussolini.

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