O governo turco criticou hoje os ataques aéreos internacionais na Líbia, dizendo que esperava esclarecimentos sobre um possível papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na operação. O ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, cujo país é o único de maioria muçulmana da Otan, criticou o modo como a força da coalizão foi formada após a aprovação, na quinta-feira, de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU autorizando a ação militar. "Há um certo procedimento sob a lei internacional para a formação dessas coalizões. Nós não acreditamos que esse procedimento foi suficientemente observado", afirmou.
Davutoglu ressaltou que o objetivo da comunidade internacional na Líbia deve ser "não lançar uma guerra em grande escala", similar às de Iraque e Afeganistão, mas "fornecer ajuda humanitária para a escalada do conflito, por meio de um embargo de armas, e evitar confrontos por meio da zona de exclusão aérea". Ontem, durante uma reunião em Bruxelas, na Bélgica, a Turquia na prática retardou a decisão da Otan sobre uma possível ação na Líbia. O governo turco pediu a revisão dos planos existentes e ressaltou que os civis devem ser protegidos.
Deve haver um encontro hoje em Bruxelas para retomar o tema. Mais cedo, o ministro da Defesa turco, Vecdi Gonul, disse que seu governo estava perplexo com a liderança francesa nos ataques segundo a agência de notícias Anatólia. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, deve discutir o tema com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um telefonema hoje. Erdogan está retornando de uma viagem à Arábia Saudita, segundo Davutoglu.
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