O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira que seu governo pode impor mais sanções contra Israel, já que o país se recusou a pedir desculpas pelo ataque a uma flotilha que tentava levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, no ano passado. A ação deixou nove ativistas turcos mortos, um deles também cidadão norte-americano.
Erdogan afirmou que Israel age como "o menino mimado" da região, mas não informou o que a próxima rodada de sanções pode incluir. A Turquia já cortou laços militares com Israel, deu um prazo até amanhã para os principais diplomatas israelenses deixarem o país e prometeu conseguir o apoio de outras nações ao plano dos palestinos de pedir o reconhecimento do seu Estado na reunião anual da Organização das Nações Unidas (ONU).
Um relatório divulgado pela ONU na semana passada classificou a reação de Israel contra a flotilha como "excessiva e irracional" mas também afirmou que a Turquia e os organizadores do comboio contribuíram para as mortes. "Esse relatório não significa nada para nós. Nós vamos manter esse processo, que será acompanhado de vários tipos diferentes de sanções", afirmou Erdogan.
Na semana passada, a Turquia prometeu que vai garantir a "liberdade de navegação" no leste do Mar Mediterrâneo. "De agora em diante, os navios de guerra da Turquia vão aparecer muito frequentemente nessa águas", alertou o primeiro-ministro. Ele também reiterou a intenção de visitar a Faixa de Gaza, possivelmente no começo da semana que vem, após uma visita ao Egito. "Nós tomaremos uma decisão final após consultar nossos amigos egípcios". As informações são da Associated Press.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião