O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ali Babacan, rejeitou nesta terça-feira um cessar-fogo unilateral por parte da guerrilha curda que se refugia no Norte do Iraque. O chanceler está em Bagdá, onde ouviu do governo iraquiano que terá apoio contra os separatistas do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK). Em uma demonstração de endurecimento do jogo contra os rebeldes, o premier turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que suas tropas podem entrar no Iraque a "qualquer momento".
- Neste momento, estamos em compasso de espera, mas o Iraque deveria saber que podemos usar a autorização (parlamentar) para uma operação através da fronteira a qualquer momento - disse Erdogan em Londres, ao lado do premier britânico, Gordon Brown.
Na semana passada, o Parlamento turco deu permissão às tropas do país para conduzir incursões no norte do Iraque, mas o governo de Erdogan já assinalou que ainda tentará resolver o conflito com rebeldes separatistas pelos canais diplomáticos.
Babacan esclareceu que a suposta declaração de cessar-fogo não teria efeito pois ela só é possível entre "Estados e forças regulares. O problema é que estamos lidando com uma organização terrorista", segundo noticiou a CNN.
O governo do Iraque está sob grande pressão após a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e o secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, David Miliband, terem exortado o governo do país árabe a tomar "medidas imediatas" a fim de evitar que o separatistas curdos realizem ataques do seu território contra alvos na Turquia.
No domingo, combates entre soldados turcos e guerrilheiros curdos na fronteira mataram mais de 40 pessoas.
O Parlamento da Turquia autorizou na semana passada a realização de uma ampla operação militar no Norte do Iraque, mas o governo de Ancara espera que todas as alternativas diplomáticas se esgotem para agir na região montanhosa. Internamente é cada vez mais a pressão sobre Erdogan por uma medida drástica contra os guerrilheiros.
O Exército turco, que é membro da Otan (aliança militarista que reúne, entre outros, EUA, Grã-Bretanha e França), tem cerca de 60 mil homens na fronteira com o Iraque.
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