O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta sexta-feira (13) que não vê “positivamente” a possível entrada da Finlândia e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar do Ocidente. Ele alegou que os países escandinavos abrigam organizações terroristas curdas.
“Estamos acompanhando os desenvolvimentos, mas não vemos isso de forma positiva”, afirmou o presidente turco, em comunicado. “Infelizmente, os países escandinavos são como hospedarias de organizações terroristas. O PKK e o DHKP-C se refugiaram na Suécia e na Holanda. Eles até conseguiram espaço nos parlamentos locais. Neste momento, não é possível para nós ver isso de forma positiva”, afirmou Erdogan, citando um grupo que busca um Estado independente para a minoria curda do país e uma organização marxista banida na Turquia.
Os ministros das Relações Exteriores da Suécia e da Finlândia informaram que discutirão o assunto com seu homólogo turco numa reunião da OTAN que será realizada no fim de semana em Berlim, para a qual os dois países foram convidados. A Holanda não se manifestou sobre a acusação de Erdogan.
Nesta semana, Suécia e Finlândia afirmaram que apresentarão formalmente pedidos de adesão à OTAN. Antes neutros militarmente, os dois países mudaram de posição sobre a entrada na aliança após a invasão russa à Ucrânia.
Uma eventual negativa turca à entrada da Suécia e da Finlândia na OTAN seria um problema, porque a Turquia integra a aliança e a carta constitutiva da organização estipula que, para que um país se torne membro, ele precisa ser aceito por unanimidade pelos que já a integram.
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